Cultura e Ciência

Museu de Ciências das Origens do UNASP campus Engenheiro Coelho é reinaugurado

O museu, que havia interrompido suas atividades no período da pandemia, agora conta com nova estrutura.

Texto: Gabrielle Ramos | Edição: Victor Bernardo

O Museu de Ciências das Origens do UNASP campus Engenheiro Coelho foi reinaugurado no último sábado (26). Criado pelo Núcleo de Estudo das Origens (NEO), o espaço tem como objetivo reforçar o compromisso da instituição com a sua confessionalidade.

O NEO é um grupo interdisciplinar do UNASP, dedicado ao estudo das origens e das relações entre ciência e religião. Desde 2019, contava com um espaço físico na Igreja do campus, com o intuito de contribuir para a difusão do criacionismo e para o fortalecimento da crença na criação bíblica.

Entretanto, o período pandêmico interrompeu as atividades previstas para o museu. Por isso, o diretor e curador do Museu de Ciências das Origens, doutor em Ciências Biológicas Tiago Alves, explica que a reinauguração visa restabelecer o propósito inicial.

Líderes do UNASP participam da reinauguração. Foto: Mateus Mosby.

Nova aparência

O museu apresenta painéis explicativos sobre o macrocosmo, a Via Láctea, o DNA, os dinossauros, a formação de fósseis e sua relação com o criacionismo. O acervo inclui fósseis variados, como de peixes, plantas, artrópodes, insetos e partes de dinossauros, além de réplicas realistas que complementam a exposição.

Para o início das novas atividades do museu, sua estrutura passou por renovações significativas. Novos móveis e equipamentos, incluindo televisores e expositores, foram adquiridos, e o acervo foi ampliado com a adição de novos exemplares de fósseis. 

Essas melhorias visam proporcionar uma experiência ainda mais enriquecedora para os visitantes. “O museu tem como objetivo apoiar o ambiente acadêmico e a comunidade local, oferecendo atividades para crianças, que promovem uma compreensão lúdica das origens segundo nossa cosmovisão”, explica o diretor.

A reinauguração

A cerimônia de inauguração incluiu momentos com o diretor do Geoscience Research Institute (GRI) da América do Sul, Francislê Neri, além do doutor Carlos Ferri, diretor geral do UNASP campus Engenheiro Coelho, que anunciou a mudança do nome da fazenda do campus para “Genesis Farm”, parte integrante do novo projeto.

Também houve o lançamento oficial do  livro “Contribuições para o Ensino do Criacionismo”, além de momentos de reflexão, música e oração. Ao final, o diretor do museu conduziu uma visita guiada para os aventureiros, juntamente com os demais participantes.

Agora, o Museu de Ciências das Origens integrará uma rede de museus espalhados por diferentes regiões da América do Sul. Além disso, será incluído no circuito de visitação do UNASP. 

“Temos o Museu de Arqueologia Bíblica, que destaca a veracidade da Bíblia, o Museu de Ciências das Origens que demonstra a plausibilidade e a historicidade do relato de Gênesis, enquanto o Centro de Pesquisas Ellen G. White apresenta que o movimento adventista levantado por Deus para restaurar as verdades da Bíblia”, expõe Matheus Codeço, estudante de teologia e colaborador do museu.

Importância do Museu

Tiago Alves destaca que muitas pessoas ainda não conhecem o criacionismo e como os adventistas interpretam as origens, a biologia e a geologia à luz da Bíblia. “O museu visa trazer uma visão equilibrada para que o visitante possa entender uma outra explicação que não é apresentada muitas vezes nos meios acadêmicos em relação à origem da vida”, afirma.

O estudante revela que a relação entre fé e ciência sempre despertou seu interesse. Por isso, ele pretende continuar atuando nessa área para contribuir com a historicidade do relato das Origens, desenvolvendo uma estrutura teórica que apresenta uma visão alternativa plausível para o mundo contemporâneo.

O objetivo final é montar uma rede de pesquisadores que possibilite a publicação de trabalhos científicos relacionados ao acervo. Além disso, Tiago explica que busca estabelecer parcerias com escavações e outros museus para viabilizar exposições e desenvolver atividades dinâmicas que integrem o acervo e a pesquisa em andamento.

O museu contou com novas exposições e uma nova estrutura. Fotos Mateus Mosby | Montagem: Gabrielle Ramos

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