Aluna do Unasp alcança o primeiro lugar em premiação da prefeitura de São Paulo
Conhecimentos adquiridos pela aluna no curso de Ciências Biológicas do Unasp deram base para a elaboração do projeto ganhador A Secretaria de Gestão da Prefeitura da cidade de São Paulo, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), promoveu a 10ª edição do prêmio “As Melhores Práticas de Estágio” neste mês de novembro. O […]
Texto: Aira Annoroso
Conhecimentos adquiridos pela aluna no curso de Ciências Biológicas do Unasp deram base para a elaboração do projeto ganhador
A Secretaria de Gestão da Prefeitura da cidade de São Paulo, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), promoveu a 10ª edição do prêmio “As Melhores Práticas de Estágio” neste mês de novembro. O objetivo da premiação é valorizar os alunos estagiários e incentivá-los na participação do desenvolvimento de políticas públicas, que visam melhorar processos internos da administração municipal e o dia a dia dos cidadãos. Na disputa, a aluna Beatriz Monteiro do curso de Ciências Biológicas do Unasp, alcançou o primeiro lugar na categoria “Inovação em Processos e Políticas Públicas” com o projeto “Vivências com a Arborização: Atividades para Educadores”, juntamente com André Barcellos – seu colega de trabalho no estágio.
Para Beatriz, a felicidade maior está no fato de ver o esforço sendo recompensado através do resultado. “Às vezes, no momento em que estamos fazendo algo, nós reclamamos por ser difícil ou por ser desgastante e até pensamos em desistir, mas quando nós vemos o resultado do nosso esforço, não tem sensação melhor, não tem preço”, afirma a aluna do Unasp, campus da capital, que agora está sendo procurada por escolas interessadas em saber melhor sobre o projeto, para falar sobre a arborização e a possibilidade de ações de plantio. “Pretendo disseminar a cartilha escolar de arborização para todas as escolas, o máximo que eu puder, é um presente para elas. O próximo passo é criar um QRCode para que todos que queiram possam ter acesso a ela”, diz.
A ideia do projeto
“Eu faço estágio com arborização urbana, então minha rotina na SVMA (Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente) é atender os munícipes que querem arborizar a calçada da sua rua, a praça, áreas livres e até escolas. Nós vamos até o local, fazemos vistorias, definimos as espécies adequadas para o local, desenhamos um croqui e junto com a equipe de plantio, nós plantamos as mudas de árvores”, explica Beatriz como é sua rotina trabalhando como estagiária na administração pública da cidade.
Além disso, Beatriz também faz estágio de licenciatura em duas escolas públicas no bairro do Capão Redondo, em São Paulo. A aluna está prestes a terminar o programa Residência Pedagógica da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com duração de 18 meses. “Durante o meu período de ambientação e diagnóstico do ambiente escolar notei que as escolas públicas geralmente carecem de áreas verdes, e quando existem são muito limitadas, são pequenos espaços, muitas vezes em desuso por conta da falta de manutenção. Essas escolas carecem de um projeto paisagístico que favoreça a recreação e bem-estar dos alunos”, conta a estagiária. Foi a partir desse momento de constatação que Beatriz teve a ideia de associar seu estágio do bacharelado na SVMA, com o estágio da licenciatura nas escolas – levando a arborização para dentro das instituições de ensino básico.
A aluna explica que os benefícios da arborização dentro das escolas são diversos, como: as árvores proporcionam sombra trazendo um conforto térmico, bem-estar psicológico principalmente na época de floração (pois muda a estética do local), ajudam a umedecer o ar, forma uma barreira física contra os ventos, ruídos e luminosidade, e se forem frutíferas atraem a avifauna.
“Outro fato muito importante é que colocando o aluno em contato no dia a dia com a natureza, ele aprende a valorizar e a cuidar do meio ambiente. Quando o professor diz para o aluno que uma árvore é importante e que ele deve preservá-la, para ele não vai fazer o menor sentido se olhando para o ambiente em que ele está (a escola) não vê sequer uma única árvore. Isso é cegueira botânica, que de forma resumida quer dizer que as pessoas têm dificuldade em compreender a importância, o papel da vegetação na natureza e que só a enxerga como um complemento de paisagem”, enfatiza.
Unasp: contribuindo para formação de futuros profissionais de destaque
Segundo o professor e coordenador do curso de Ciências Biológicas do Unasp-SP, Me. Enios Duarte, ter uma aluna premiada em um evento do CIEE e da Prefeitura Municipal de São Paulo é também um indicador da qualidade de alunos que a instituição está preparando para o mercado de trabalho. “A Beatriz é uma aluna envolvida com todas as atividades acadêmicas propostas no curso, aproveita cada momento para o seu aperfeiçoamento acadêmico. Um prêmio desse é um reconhecimento da sua dedicação e busca pela excelência profissional”, confirma o professor.
Enios afirma que o curso de Ciências Biológicas promove uma integração entre os aspectos da teoria e da prática, seja nas disciplinas, como também nos diversos programas que são desenvolvidos na instituição, como “Eu Jogo Limpo”, “Unasp Sem Dengue”, as diversas atividades de campo, PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), Residência Pedagógica, entre outros. “Acredito que a dedicação e empenho da estudante somado a qualidade de ensino que aqui é praticado tenham contribuído para desenvolvimento de experiências exitosas de práticas no campo do estágio”, reconhece.
Em contrapartida, Beatriz observa que o Unasp é uma instituição que se preocupa em formar pessoas em todas as dimensões (intelectual, física, moral, cultural, espiritual, entre outras), oferecendo uma educação integral, e que isso faz toda a diferença.
“O curso de Ciências Biológicas, por se tratar de uma área que estuda todas as formas de vida, me proporcionou uma mentalidade ainda mais crítica em relação às nossas ações, de modo que me fizesse refletir muito sobre o quanto eu sou responsável por cuidar da natureza, pois é dela que eu tiro os recursos necessários para a minha sobrevivência. Então o curso do Unasp contribuiu muito para essa visão, pois se preocupa não só em desenvolver potencialidades cognitivas, mas também humanas. As saídas de campo que realizamos quase em todos os semestres também foram essenciais para nos tornar críticos, éticos e responsáveis com o meio ambiente”, completa.