A educação física que vai além do que deixar o corpo bonito
Seja no verão, inverno, outono ou primavera, a busca pelo corpo malhado, pela qualidade de vida e pela sensação de bem estar em frente ao espelho é algo quase que constante entre as pessoas. E olha que esse gosto não tem mais a ver só com quem está acima do peso, a busca é geral […]
Texto: Redação
Seja no verão, inverno, outono ou primavera, a busca pelo corpo malhado, pela qualidade de vida e pela sensação de bem estar em frente ao espelho é algo quase que constante entre as pessoas. E olha que esse gosto não tem mais a ver só com quem está acima do peso, a busca é geral e nesse contexto o papel do profissional da área é essencial.
Em números gerais, o universo físico já dá sinais da sua importância. Segundo a última pesquisa da International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), uma espécie de Associação Internacional do Mundo “fitness”, o Brasil já o segundo maior mercado de academias com quase 32 mil unidades. Já pelo lado escolar, o ensino da Educação Física voltou a se tornar obrigatório de acordo com a votação da última medida provisória (MP 746/2016) de novembro passado.
E o profissional da Educação Física, onde fica nesta história toda? Conversamos com o professor Tércio Nascimento que leciona aulas para o ensino Fundamental e Superior do Instituto Adventista de São Paulo (Iasp), localizado em Hortolândia, interior de São Paulo para entender melhor sobre a profissão.
Tércio sempre gostou de fazer esportes, foi daqueles meninos que topava tudo quando assunto era bola. Quando chegou na época do vestibular a escolha foi meio que automática, contudo ele não achava que a profissão iria mudar tanto a visão de mundo dele.
“A gente acha que Educação Física é fácil, é só brincadeira, porque muitas vezes passamos por isso na escola, mas engana-se quem acha isso. Foi só quando entrei na graduação que percebi a profundidade da área. Um bom profissional sério vai encarar essa atividade como algo que muda não apenas o corpo do aluno, mas provoca uma mudança holística na pessoa”, conta.
Por si só, a educação física já traz diversos benefícios para os envolvidos como o bom funcionamento do corpo, diminui a ansiedade, o estresse e a depressão além de melhorar o humor e a autoestima. Mas o professor ressalta que a modalidade ajuda também na tomada de decisões, em um equilíbrio mental e emocional.
“A educação física me deixou mais crítico, me ajudou a avaliar as coisas da vida não apenas sob uma ótica, mas que eu posso chegar ao mesmo resultado, só que de outras maneiras. Assim como é arremessar uma cesta de basquete, o importante é acertar, como você vai jogar depende do contexto, da habilidade e do cenário. Assim também é na vida”, ensina.
Vida em conformidade
O professor que optou pela modalidade da licenciatura como formação, destaca que como profissional ele se cobra em tornar prático o que ensina em sala de aula.
“Por natureza eu gosto de esportes, e por isso tento fazer dessa prática algo constante na minha vida. Por exemplo, correr com minha esposa nos torna ainda mais próximos, já quando eu me dedico a jogos coletivos, acabo conhecendo mais gente. A dica é fazer algo que é prazeroso, seja academia ou esporte. O importante é não ficar parado”, aconselha.
Tércio ainda destaca para os alunos que tem o desejo de cursar a graduação, que busquem com o intuito não apenas de se aprofundar nessa área do conhecimento, mas de ajudar as pessoas a viverem melhor, a terem mais saúde.
Formação Profissional
Para quem deseja ingressar nesta área pode optar tanto pela Graduação com formação em Licenciatura, podendo dar aulas para o Ensino Infantil, Médio e Superior, também pode se formar como Bacharel podendo trabalhar em academias, clubes e centros esportivos, operadoras de turismo ecológico, hospitais, day care e clínicas (inclusive de reabilitação), secretarias de Esporte, acampamentos, circos-escola, ONGs que desenvolvem projetos comunitários, hotéis, spas, etc.
Para exercer a profissão, além do diploma em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, é obrigatório o registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF). A média salarial varia em torno de R$3.500 para profissionais com 40horas semanais em alguma academia de porte médio, já para os professores de sala de aula com a mesma carga horário é de 4.500 (salário bruto) em escolas particulares.
Atualmente o curso de Educação Física é oferecido pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) nos campi Hortolândia e São Paulo com média de 6 semestres (licenciatura) 8 semestres (bacharelado). Para maiores informações, acesse: http://unasp.edu.br/
Por Mairon Hothon