Congresso de todas as faculdades adventistas do Brasil incentiva integração
ENAIC promove a iniciação científica e a inovação em atividades acadêmicas.
Texto: Paula Orling | Edição: Theillyson Lima
O II Encontro Nacional de Inovação e Ciência (ENAIC) da Educação Adventista foi realizado entre os dias 4 e 6 de novembro. O evento contou com a presença de alunos e professores dos três campi do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Faculdade Adventista do Paraná (FAP), Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA) e Faculdade Adventista de Minas Gerais (FADMINAS).
O professor doutor Allan Novaes foi um dos palestrantes do congresso e explica a importância da programação. “Esse encontro que, apesar de estar apenas na segunda edição, já reúne todas as instituições adventistas do Brasil, propondo um encontro presencial e virtual de compartilhamento de informação, um evento que promove a iniciação científica e ações de inovação em atividades acadêmicas”, aponta.
O professor Thiago Sant’ana, que coordena as atividades de pesquisa e extensão na FAP, afirma que eventos como esse são importantes para que mais pessoas possam conhecer a dimensão das produções das instituições adventistas.
“Nós aproveitamos essa colaboração, transformando tudo aquilo que é produzido pela academia em publicações, que são um grande indicador de qualidade no ensino superior”, explica.
Oportunidades e incentivo à pesquisa
Durante a programação, os participantes tiveram a oportunidade de ouvirem palestras com grandes nomes da Educação Adventista e participarem de oficinas especiais, que além de favorecerem o aprimoramento acadêmico, também prezam pelo desenvolvimento espiritual.
O doutor ainda apresentou uma plataforma “que foi criada exclusivamente para auxiliar estudantes, professores e pesquisadores que têm o adventismo como objeto de pesquisa.” A plataforma Schwantes serve como base de indexação científica, armazenamento de trabalhos científicos, como teses a respeito do adventismo.
Prática para os pesquisadores
Os estudantes de graduação e especializações também puderam apresentar trabalhos acadêmicos, apresentando publicamente seus esforços e sendo reconhecidos por eles. Para alguns, a experiência já valeu como defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
A formanda do curso de Letras – Português Juliana Sanches explorou as metodologias ativas e estratégias de ensino no seu trabalho. A apresentação do seu trabalho foi como uma experiência “pré-banca”, como uma preparação para a defesa do TCC. “Foi muito importante para a gente porque tirou um pouco da insegurança da banca, que é um processo muito complicado. Nós [ela e os co-autores do trabalho] estamos mais confiantes, porque o retorno dos professores do ENAIC foi bem positivo”, analisa a pesquisadora.
Já para o aluno de Iniciação Científica do grupo de pesquisa Estudos da Fenomenologia da Vida, Thiago Abdala, o congresso foi uma oportunidade para apresentar seu trabalho sobre afetividade e suas manifestações na filosofia.
Para Abdala, a maior contribuição social do congresso foi apresentar um filósofo concernente à sua pesquisa, Michel Henry, pouco conhecido fora do mundo acadêmico da área filosófica. A troca de contribuições acadêmicas contribuem, inclusive, no desenvolvimento de novos projetos daqueles que assistem ao congresso.
“O ENAIC é uma oportunidade para a gente ouvir a opinião de diversos que estão na banca, ter esse diálogo para poder colocar o meu trabalho e também debater sobre outros trabalhos”, completa.