Coral Africano promove musical com canções em diferentes dialetos
Com a ajuda dos instrumentos e da alegria dos coralistas, o África Celebration representa a diversidade cultural do UNASP campus Engenheiro Coelho.
Texto: Mariana Santos | Edição: Theillyson Lima
A Comunidade africana do UNASP campus Engenheiro Coelho promoveu o musical África Celebration no último sábado (7). Com boa música e muitas cores, o Coral Africano apresentou músicas que falavam sobre liberdade, amor divino e principalmente anunciavam a volta de Jesus.
As roupas trazidas de casa, as pinturas pelo corpo e a perfeita harmonia entre as vozes que cantavam à capela eram capazes de transportar qualquer um a uma realidade muito familiar aos coralistas. O campus Engenheiro Coelho possui cerca de 30 alunos internos que são naturais de algum país africano, e muitos desses alunos participam do coral.
O Coral Africano existe há 12 anos e o musical África Celebration não aconteceu do dia para a noite: foram necessários anos para adquirir repertório e inúmeros ensaios até o evento. Nada disso seria possível sem a dedicação dos alunos que participam desse ministério.
Um ministério que muda vidas
Tanaka Nhoro é natural do Zimbábue e veio para o UNASP estudar Engenharia Agronômica. Solista de uma música intitulada Senzenina, que significa “O que fizemos?”, o jovem descreve: “Eu sempre gostei de cantar, desde criança, então, quando eu estou solando eu fico livre, eu fico leve também”.
Quando pensa no futuro, Tanaka ainda não tem muitas certezas, mas pretende passar algum tempo no Brasil após se formar. De fato, o Coral Africano se tornou algo muito importante para sua vida, principalmente pela motivação. “A gente canta para louvar a Deus. Eu acho que é essa a importância: falar sobre Deus com pessoas do meu país e de toda a África”, relata.
Foram apresentadas músicas em diferentes dialetos como zulu, swahili, ndebele e xhosa, mas isso não foi um problema para o maestro Madeira, que inclusive solou a música Malibongue, ou “seja louvado” em português. Madeira expressou a sua gratidão: “O projeto África Celebration é um projeto do coração para o UNASP. Ele foi preparado para trazer a África para dentro do campus. Deus seja louvado por permitir que isso seja uma realidade aqui, hoje”.
Poder falar sobre fé e esperança em um dialeto habitual representa algo de grande importância. O maestro acredita que projetos como esse ajudam inclusive a unir estudantes de diferentes lugares. “África Celebration é o UNASP trazendo a alegria de povos de longe para o Brasil”, explica.
Interação e boas lembranças
Na programação o público também ganhou a oportunidade de cantar. A dinâmica consistiu em tentar adivinhar qual música em português correspondia à cantada em um dos dialetos, e Dulce Mery Martins adivinhou a música “Deus é tão bom”.
Dulce, que estava de passagem pelo UNASP, ficou feliz e surpresa com o musical preparado pelo coral. Há alguns anos, o filho dela também participou do Coral Africano e inclusive os levou para cantar em Curitiba, onde moram até hoje. “Foi muito gratificante participar da programação. Quando falamos de diversidade cultural, é tudo muito importante, porque são detalhes que são trabalhados e a diversidade também gera unidade”, afirma.
Ao final da programação, o pró-reitor de Desenvolvimento Estudantil, doutor Carlos Ferri, parabenizou o esforço e dedicação de todos e os fez um pedido: “Queremos que vocês se apresentem mais vezes aqui no campus e, por favor, cantem mais uma música”. Depois de um forte apelo do público, o coral entoou Malibongue e Siyahamba, encerrando a programação com muita alegria e movimento.