Coro de Câmara emociona com musical inspirado no amor
O público presente no Salão Nobre na noite de sábado, dia 13 de junho, se emocionou com o Concerto Romântico “A Serenata” apresentado pelo Coro de Câmara. O musical ensaiado e preparado ao longo do semestre faz parte das celebrações artísticas do Centenário do UNASP campus São Paulo. O maestro Turíbio de Burgo conta que […]
Texto: Redação
O público presente no Salão Nobre na noite de sábado, dia 13 de junho, se emocionou com o Concerto Romântico “A Serenata” apresentado pelo Coro de Câmara. O musical ensaiado e preparado ao longo do semestre faz parte das celebrações artísticas do Centenário do UNASP campus São Paulo. O maestro Turíbio de Burgo conta que a ideia surgiu a partir das lembranças das serenatas que aconteciam com bastante frequência no campus.
“A serenata é uma tradição muito forte aqui na escola. Eu não sei hoje em dia, mas no meu tempo, todo mês, a cada duas ou três semanas tinha alguém fazendo serenata para a namorada. Chegava a semana de oração e na sexta-feira à noite os rapazes faziam dois ou três quartetos e iam cantar para as moças. As meninas respondiam também. Fazia parte dessa vida social e espiritual também”, recorda.
Com canções inspiradas no amor, a escolha do repertório procurou mostrar a diversidade das composições de amor existentes desde a Bíblia e presente em diversas culturas e gêneros musicais. “Se procurar na literatura coral, vai encontrar, desde a idade média, renascença, barroco, em todos os períodos composições de todo o canto. Então pensei em fazer um programa que tivesse essa variedade”, explica Turíbio.
O ponto de partida do concerto foi o livro de Cantares escrito por Salomão. Os textos bíblicos desse livro inspiraram compositores de diferentes lugares do planeta. As três obras escolhidas para abrirem o concerto são assinadas por um neozelandês, um israelense e um espanhol, respectivamente.
O segundo bloco da noite trouxe músicas populares e do folclore brasileiro. Entre elas, Monte Castelo de Renato Russo em uma poesia que coloca textos bíblicos da carta de Paulo aos Coríntios com trechos da obra de Camões. O público correspondeu muito bem a versão de É o Amor de Zezé de Camargo e Luciano em um arranjo do maestro Ronnie Dias.
O terceiro bloco trouxe convidados que acrescentara mais diversidade cultural ao musical com músicas de origem japonesa e italiana. Finalizando o bloco o Coral Juvenil, sob a regência da professora Suzane Braun, encantou com uma coletânea de choros de diversos autores.
No último bloco, o Coro de Câmara reproduziu músicas popularmente usadas em serenatas. Resgatando boas lembranças das pessoas que viveram muitas histórias de serenatas nos anos em que viveram no campus do UNASP-SP.
Os casais que ainda estavam em clima de dia dos namorados aproveitaram a oportunidade para se inspirarem juntos através do concerto. “Foi um concerto ótimo tanto para os namorados como para a família. Achei gostoso demais. Acho que desperta o lado romântico, é muito bom viver esse clima de romance, essa coisa boa de amar”, expressou Rose Azevedo que estava acompanhada do esposo Wilson.
Alexsandro Leite e a esposa Ana Paula também estiveram juntos durante o concerto, mas dividindo o palco cantando como parte do coro. Admitem que foi um bom programa para o dia dos namorados. “O dia dos namorados é legal, mas esse ano em especial caiu numa sexta-feira. Então a gente comemorou em casa. Ficamos em casa mais tranquilos na entrada do sábado. A gente esperava que as pessoas pudessem curtir bastante e o resultado foi muito bom”, comentou Alexsandro.
“Sempre gostamos de cantar juntos. Vamos aos ensaios juntos e cantar agora músicas românticas fazendo declarações ao vivo é muito legal. Como as músicas, na maioria, são bastante conhecidas, fica legal, fica divertido. O pessoal se solta, relaxa, e o resultado saiu bom”, complementa Ana Paula.
O maestro Turíbio que planeja dar continuidade ao concerto, avalia positivamente o resultado do musical e a resposta do público. “O pessoal do coral gostou muito, o público apreciou e é interessante quando você pode fazer um programa onde as pessoas participam sem tensão, sem estresse, cantam felizes. Acho que isso foi alcançado”, considerou.
por Murilo Pereira