Método acadêmico do curso de Arquitetura do Unasp une diversão e aprendizado
Corrida com carrinho de rolimã une conceitos acadêmicos com diversão para auxílio do aprendizado dos universitários Símbolo da infância de muitos que cresceram brincando na rua, o carrinho de rolimã foi perdendo cada vez mais espaço na diversão das crianças e adolescentes das grandes cidades. Sua criação é uma incógnita, já que não há um […]
Texto: Jota Terres
Corrida com carrinho de rolimã une conceitos acadêmicos com diversão para auxílio do aprendizado dos universitários
Símbolo da infância de muitos que cresceram brincando na rua, o carrinho de rolimã foi perdendo cada vez mais espaço na diversão das crianças e adolescentes das grandes cidades. Sua criação é uma incógnita, já que não há um registro oficial sobre sua origem. Mesmo com o seu desaparecimento intermitente, o mais improvável seria ver esta brincadeira como prática acadêmica.
Mas para os universitários da turma do sexto semestre da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), em Engenheiro Coelho (SP) essa atividade virou tradição. Todos os anos a coordenação promove a competição mobilizando os alunos.
Assim como um grande prêmio de corrida, os grupos tiveram que se dividir em 14 escuderias. Os estudantes tiveram que criar, do zero, seus próprios carrinhos de rolimã. Madeira, pregos, parafusos, rolamentos foram apenas alguns dos materiais para a elaboração do produto final.
Greicy Rodrigues foi uma das estudantes de Arquitetura e Urbanismo que participaram do evento. Segundo ela, “o momento foi marcante pois, além de ter feito literalmente o objeto em grupo” teve a oportunidade de aprender na prática aquilo que estava apenas em traços de seus desenhos. Quando questionada sobre o curso que ela escolheu para ser sua futura profissão ela destaca que “é perceptível o incentivo da coordenação e dos professores em preparar os estudantes em técnicas atualizadas do mercado”.
Aprender competindo
As equipes foram avaliadas em quatro categorias: design, performance, inovação e melhor escuderia, mas além disso, o coordenador do projeto Álvaro Petersen Júnior solicitou aos que utilizassem objetos recicláveis.
“Além de ser um trabalho de ergonomia e design aplicado, a atividade tem uma questão lúdica, já que depois da criação, os grupos se reúnem e podem brincar com seus colegas de turma. Desconheço outro centro educacional de ensino superior que realize um projeto igual a este. Este trabalho precisa de uma interação do coletivo, porque até para que o carrinho possa correr é necessário um empurrão de um(a) amigo(a), e isso sem dúvida é o mais importante”, declara o professor que desde 2018 organiza o evento.
Além de atividades lúdicas como essa, a estrutura do curso conta com ateliês para a prática de desenhos e projetos, laboratório de informática, topografia e laboratório de maquetes. Existem também oficinas de apoio ao estudante, cursos de extensão, excursões para feiras relacionadas ao curso, visitas a empresas que atuam no ramo da arquitetura, palestras e grupos de pesquisa.
“O mais importante desta atividade na minha visão é que estudantes podem desenvolver sua habilidade e competências tanto na parte criativa e projeto quanto na parte de produção. Com ela, os universitários conseguem compreender o que qualquer projeto seja ele um objeto ou edificação poderá ter, as indesejadas situações inesperadas. Mas além disso, através desta atividade nossos estudantes são motivados a conviver uns com os outros para quem ao fim de mais um semestre letivo possam ter um momento de descontração” afirma Jussara Bauermann, coordenadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Unasp.
Arquitetura no Unasp
O curso está organizado com uma carga horária de quatro mil horas/aulas e distribuídas em um período de 10 semestres. As aulas são teóricas e práticas e acontecem no período matutino e noturno.
Além das atividades curriculares, o curso adota alguns projetos de responsabilidade social. Um deles envolve a elaboração de projetos de construção de casas para famílias de baixa renda. Dessa forma, o aluno desenvolve o caráter solidário e ainda aprende de maneira prática a profissão. O curso está em constante atualização com o que tem de novo no mercado de trabalho e de olho nas tendências para o futuro.