Curso de Nutrição oferece série de palestras online com profissionais de destaque no mercado de trabalho
A suspensão temporária das aulas mudou completamente a rotina da área educacional no país, e no Unasp não foi diferente. Em meio às circunstâncias, a instituição juntamente com os professores, estão se reinventando a fim de continuar oferecendo um ensino de qualidade. Diversas iniciativas estão sendo tomadas para proporcionar dinamismo e conhecimento diferenciado aos alunos. […]
Texto: Aira Annoroso
A suspensão temporária das aulas mudou completamente a rotina da área educacional no país, e no Unasp não foi diferente. Em meio às circunstâncias, a instituição juntamente com os professores, estão se reinventando a fim de continuar oferecendo um ensino de qualidade. Diversas iniciativas estão sendo tomadas para proporcionar dinamismo e conhecimento diferenciado aos alunos. O curso de Nutrição, por exemplo, tem promovido uma série de palestras com profissionais de destaque no mercado de trabalho.
Segundo a coordenadora da graduação em Nutrição, Me. Glaucia Barrizzelli, a ferramenta Zoom – onde estão sendo as aulas online – tem possibilitado novos métodos de ensino. “Devido a facilidade da ferramenta, conseguimos trazer a participação de profissionais para as aulas online que antes não podiam estar presencialmente no campus”, conta. “A participação desses profissionais complementa o conteúdo passado pelos professores na aula de forma mais dinâmica, já que muda um pouco a rotina”, completa Glaucia.
Na última segunda-feira (27), quem participou da aula foi a Dra. Cintia Pereira da Silva, onde debateu sobre peptídeos e sua influência nas doenças crônicas não transmissíveis. “É possível ter um efeito positivo na saúde através de muitas fontes, apesar delas terem atuações diferentes, o fim é o mesmo, que é diminuição de colesterol, glicemia, entre outros”, comenta.
Além disso, na quinta-feira (23), houve também a palestra da Dra. Simone Freire, com o tema “Por que comemos o que comemos?”. Segundo Simone, essa palestra conta com a abordagem dentro dos principais aspectos de informações veiculadas na mídia e nas redes sociais sobre alimentação, saúde, nutrição e corpo.
“Atualmente tem sido frequente o registro do comportamento de tirania no que se refere a alimentação, quando a pessoa se sente culpada por não ter escolhido um alimento saudável em detrimento de outro alimento, assim como o excesso de exercícios físicos, o uso de suplementos proteicos de forma indevida, somando ainda a presença da insatisfação corporal. Todos esses comportamentos são extremamente de risco para o desenvolvimento dos Transtornos Alimentares”, explica a pesquisadora.
Saúde indígena no Brasil
Os alunos do curso de Nutrição também puderam ter a palestra de Bruna Cássia Macedo, nutricionista da Atenção à Saúde Indígena no estado de Roraima. Esse encontro online foi organizado pela graduação em parceria com o grupo de pesquisa CASA (cultura, arte, saúde e alimentação), que estuda a diversidade cultural. Para a professora Me. Sabrina Viana, vive-se em uma sociedade com uma rica diversidade cultural, que dá a oportunidade de tornar-se mais aberto e tolerante às diferenças e especificidades de outras pessoas e grupos. “Ao mesmo tempo, essas diferenças causam estranhamentos que podem culminar em comportamentos e atitudes de intolerância. Como profissionais precisamos respeitar a cultura de um povo, compreender que o nosso saber técnico não pode ser imposto sobre uma comunidade”, afirma.
A palestrante Bruna, que também é egressa do Unasp, falou sobre sua experiência no sistema de saúde indígena no estado de Roraima como nutricionista e integrante de uma equipe multidisciplinar. Abordou os desafios estruturais e culturais e sobre a importância dos saberes tradicionais presentes nas comunidades indígenas e do saber técnico.
“Além da distância entre a cidade e a floresta, outro desafio que a Bruna precisa enfrentar são os aspectos culturais, porque nem sempre os nativos aceitam os remédios e tratamentos, e muitos morrem. Os nossos tratamentos não devem ser impostos, mesmo que o profissional saiba que aquela é a única maneira de salvar a vida daquela pessoa”, diz o Dr. Francisco Ribeiro, que também faz parte do grupo de pesquisa CASA em diversidade cultural.
Segundo Ribeiro, o ponto mais marcante da palestra foi notar o choque de realidade que os alunos tiveram com os fatos expostos por Bruna. Proporcionar aprendizados como esse aos universitários faz toda a diferença na formação, não só profissional, mas pessoal também.