Cultura e Ciência

Empreendedorismo e inovação projetam futuro com educação 5.0

Assunto foi apresentado durante abertura do 21º Encontro de Iniciação Cientifica do Unasp em Engenheiro Coelho A evolução tecnológica na sociedade nas últimas décadas garantiu descobertas que mudaram radicalmente hábitos humanos e sua socialização. Das primeiras invenções e suas ferramentas pré-históricas à incrível robotização de processos até aos mecanismos de inteligência artificial revelam intensas pesquisas […]

Texto: Leandro Oliveira

Assunto foi apresentado durante abertura do 21º Encontro de Iniciação Cientifica do Unasp em Engenheiro Coelho

A evolução tecnológica na sociedade nas últimas décadas garantiu descobertas que mudaram radicalmente hábitos humanos e sua socialização. Das primeiras invenções e suas ferramentas pré-históricas à incrível robotização de processos até aos mecanismos de inteligência artificial revelam intensas pesquisas acadêmicas e o progresso da educação. O assunto foi abordado pelo pesquisador Guanis de Barros Vilela Júnior durante a abertura da 21ª edição do Encontro Anual de Iniciação Cientifica (Enaic) do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho.

Uma linha do tempo foi apresentada, unindo pesquisas, descobertas e inovações que resultaram em novos processos na educação. Com o tema “Pesquisa, empreendedorismo e inovação na educação”, Vilela Júnior provocou os participantes sobre as novas realidades da educação, e como a pesquisa e o empreendedorismo estão colaborando. “Caminhamos para o uso continuo de todas as nossas inteligências potencializando uma educação ainda mais empreendedora, partindo dos aspectos cognitivos, emocionais e criativos dos pesquisadores”, afirma.

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Desafios infinitos
Buscando conexões mais amplas e significativas no campo da educação, Vilela Júnior concentra suas pesquisas na “Educação 5.0”, da qual é apresentada como inovadora. Para entendimento do público, o pesquisador apresenta uma linha do tempo com as fases percorridas pela educação. “São patamares da educação que através de pesquisas empreendedoras estão sendo ampliadas”, revela.

A linha do tempo registra a “Educação 1.0”, classificada como conteúdos de palestras e estudos restritos em métodos de memorizações. Já na “Educação 2.0”, Vilela Júnior denomina como aprendizagem via internet. No estágio da “Educação 3.0”, concentra a produção de conhecimento. Muito difundida na atualidade, a “Educação 4.0” apresenta novas possibilidades com a educação através de produções inovadoras, beneficiando diretamente o desenvolvimento industrial.

Educação 5.0
Com o advento da “Educação 5.0”, Vilela Júnior defende conceitos mais amplos para sua definição e a classifica como disruptiva, pois, assume que as mudanças no processo educacional não são mais lineares, são exponenciais e decorrentes dos avanços científicos e tecnológicos. Outra característica é sua função hologrâmica. “É a busca de se reconhecer e ser reconhecida para além da mera soma de partes”, apresenta o pesquisador.

A “Educação 5,0” é dialógica, ou seja, busca esforços coletivos, prioritários e ecológicos em relação à diminuição das diferenças que sejam discriminatórias de qualquer natureza. Outra novidade apresentada como base desta classificação educacional por Vilela Júnior é a sua função transfenomenal. “Ela não trabalha com a ideia de disciplinas e matrizes rígidas, e sim com “fenômenos” que se imbricam em espaços n-direcionais”, descreve.

Afeto e criatividade
Outras duas características consolidam a proposta. A primeira é a afetividade. “Aqui é afeto no sentido que Spinoza deu aos “Afetos”, e como lidar com eles nas esferas das complexas relações entre humanos, destes com toda forma de vida.  Aqui estão todas as formas de vida e as relações de humanos com máquinas e de máquinas com máquinas”, classifica. A última classificação é a função criativa. “Todas as outras características poderão oportunizar e otimizar o tempo para a transcendência, a solidariedade, a arte e à vida humanitariamente vivida”, relata.

Reforçando a relevância da “Educação 5.0”, Guanis de Barros Vilela Júnior concluiu que educar é uma arte. “A arte é a mais bela forma de inteligência, seja a arte de fazer filmes, músicas, pinturas, esculturas ou uma bela refeição! Assim, a arte é a mais nobre expressão humana, que sejamos sábios na arte de fazer ciência e principalmente, na arte de educar”, finaliza.

 

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