Festival Internacional de Música, Munasp, estreia sua quarta edição
Teve início nesse domingo, dia 26 de julho, a quarta edição do Munasp, o Festival Internacional de Música que acontece no UNASP campus São Paulo. Até o próximo sábado, dia 1 de agosto, cerca de 240 crianças e adolescentes, com idades entre 10 a 17 anos, que estudam e gostam de música, poderão aprofundar seus […]
Texto: Redação
Teve início nesse domingo, dia 26 de julho, a quarta edição do Munasp, o Festival Internacional de Música que acontece no UNASP campus São Paulo. Até o próximo sábado, dia 1 de agosto, cerca de 240 crianças e adolescentes, com idades entre 10 a 17 anos, que estudam e gostam de música, poderão aprofundar seus conhecimentos musicais. O concerto de abertura contou com a participação especial da Orquestra de Cordas do Conservatório de Poços de Caldas. “Foi uma responsabilidade muito grande nos 100 anos do UNASP fazer esse concerto para abrir o quarto Munasp. Gostamos muito do ambiente de festivais e esperamos ser convidados mais vezes”, revelou o maestro Rafael Sisti.
O festival possui uma proposta exclusiva e, até sua primeira edição, inédita em São Paulo. Durante uma semana os alunos têm a oportunidade de aprender mais e praticar seus instrumentos convivendo com músicos reconhecidos internacionalmente com atuação em diferentes regiões do mundo. Possibilitando assim o compartilhamento de experiências de longa carreira com estudantes ainda muito jovens.
Para a quarta edição do Munasp, 12 profissionais de alta performance foram convidados. Cármelo de Los Santos (violino); Renato Bandel (viola); Viktor Uzur (violoncelo); Marcos Machado (contrabaixo); Cássia Carrascosa (flauta); Alexandre Ficarelli (oboé); Sérgio Burgani (clarinete); Ronaldo Pacheco (fagote); Rodrigo Burgo (trompete); Mário Rocha (trompa); Donizete Fonseca (trombone e tuba) e Carlos Tarcha (percussão). Além das aulas, essa diversidade musical que representam, conduzirá os alunos à formação orquestra completa. Serão formadas 3 orquestras durante o Munasp. O que permite acolher repertórios com graus diferentes de dificuldade. Dessa forma, o aluno se desenvolve trabalhando com colegas do mesmo nível em que se encontra.
Além da composição orquestral, que ocorre desde a terceira edição do festival, o Munasp recebe pela primeira vez a presença de um instrumento muito admirado por sua beleza, suavidade e origem milenar. A harpa, que será ensinada pela musicista Suélem Sampaio, passa então a fazer parte do Munasp.
“O Munasp pra mim é uma pérola no meio de tudo o que acontece nessa escola. É um resumo da obra de educar. Porque ele envolve talentos que vem do Brasil inteiro e até de fora. Ele envolve nossos alunos desde pequenos até estarem lá na frente, liderando. Dá pra gente ver o desenvolvimento bem palpável deles no processo educacional e através da música, que é o que nos une”, acredita a diretora administrativa do festival, Cleide Borba.
Todas as noites, concertos e recitais, abertos ao público, estão sendo apresentados com a participação de grandes músicos. Entre eles, os artistas convidados para ensinar durante o Munasp.
A rotina musical do aluno do Munasp começa logo de manhã com ensaios das orquestras, após o devocional. As tardes são dedicadas ao estudo e a prática nas master classes. Ao fim do dia, o estudante pode se apresentar ou assistir aos concertos acadêmicos que acontecem diaraimente no auditório da Acarte. Após o jantar é hora de contemplar os concertos que proporcionam a cada noite um espetáculo inédito.
Todas essas atividades são oferecidas sem custar ao aluno taxa de inscrição. Apenas o valor do pensionato e alimentação é cobrado daqueles que optam por ficar hospedados no campus durante os dias de festival. Ao estudante fica a responsabilidade de estar inteiramente comprometido com o estudo e seu desenvolvimento musical. Como requisito de inscrição, os alunos tiveram que enviar um vídeo tocando seu instrumento e uma carta de recomendação de seus professores.
“Eu penso que os festivais trazem a melhor experiência possível para os alunos que ainda estão em dúvida se serão músicos profissionais ou não. E eu penso que dá a direção para eles. Nós temos aqui na Orquestra músicos que participando de festivais viram que é isso mesmo o que querem fazer. Seguir a música e a partir disso passaram a se dedicar muito mais”, comenta Sisti.
O diretor artístico do Munasp, maestro Jean Reis, explica que um dos diferenciais dessa edição está também na contribuição que o festival tem recebido de apoiadores que acreditam no valor da educação através da música e a importância de torna-la acessível ao maior grupo possível de crianças e adolescentes.
“Além de um patrocínio importante que se juntou a nós que é o patrocínio da Caixa Econômica Federal, nós temos patrocínio de pessoas que acreditam na importância desse festival, desse projeto, como comunidade. Pessoas que estão apoiando a nível pessoal com recursos próprios sem retorno direto a esse apoio. Toda essa movimentação de capitação de recursos, feita pela professora Cleide, teve um significado muito grande para nós. Para saber que quem está acreditando nessa iniciativa não somos apenas nós, organizadores e instituição, mas as pessoas que fazem parte desta comunidade”, afirmou.
O representante da Caixa Econômica Federal, Werner Solar, disse durante a cerimônia de abertura do Munasp, que o festival passa a ser um dos diversos eventos culturais do país em que o banco reconhece e apoia. “É um grande prazer estar aqui hoje representando a Caixa Econômica Federal. É uma das missões da Caixa investir na cultura do Brasil”, disse ele.
Para o diretor geral do UNASP-SP, Helio Carnassale, o fato do quarto Munasp ser o evento de número 50 em meio as 100 comemorações preparadas para celebrar o Centenário da insituição, representa a importância da dedicação na realização da missão do centro universitário. “O Munasp é um símbolo da nossa garra, da nossa ousadia e da nossa paixão pelas coisas. É um símbolo que retrata aquilo que nós somos. Nós realizamos as coisas primeiramente pela bênção de Deus, pela motivação que vem de Deus, mas muito do que fazemos é resultado dessa paixão. Só pessoas apaixonadas podem fazer isso”, expressou.
Cleide, que além de dirigir o Munasp também coordena os eventos do Centenário do UNASP-SP, reconhece o festival como um presente de Deus e uma forma de unir as pessoas.
“Quando eu olho o público de alunos do Munasp eu penso que daqui a pouco tempo todos eles vão estar no nosso lugar, quem sabe liderando tudo isso. O Munasp me dá uma visão de futuro, não só na música como também na educação. O Munasp vai muito além daquilo que a gente vive todos os dias. O Munasp é um exemplo claro do que que é ir muito além do ensino”, conclui Cleide.
por Murilo Pereira