MAB promove atividades para crianças com autismo
O Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) abre as portas para crianças com TEA em lembrete ao Dia de Mundial de Conscientização ao Autismo.
Texto: Julia Viana | Edição: Theillyson Lima
O Museu de Arqueologia Bíblica (MAB), em parceria com o curso de Psicologia e a Rede Adventista de Apoio à Família Autista (RAAFA), promoveu uma visita focada para o público com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no último sábado (6), em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização ao Autismo. A visitação do MAB Kids aconteceu nos períodos matutino e vespertino, recebendo crianças de 3 a 6 anos de idade, e recebeu mais de 30 crianças cadastradas.
O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, entre outros comportamentos. Dessa forma, o Dia de Mundial de Conscientização ao Autismo é importante para promover conhecimento sobre o espectro autista, bem como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas.
Desde o início do evento, as crianças tiveram contato com peças e réplicas arqueológicas do museu, que ajudaram a deixar os pequenos mais próximos das histórias que eram contadas. Papiros da época bíblica, uma funda e uma pedra como a que Davi usou para derrotar o gigante Golias, além de uma visita guiada pela parte interna e externa do museu proporcionaram às crianças e aos pais uma experiência inclusiva.
Visita e aprendizado
Ao longo do passeio pelo museu, as crianças conseguiam realizar atividades práticas para entender o universo bíblico e arqueológico. Os pequeninos puderam colocaram a mão na massa para modelar uma lamparina de barro usada nos tempos de Jesus. O objeto ficou com as crianças como recordação. Eles também participaram de uma escavação arqueológica no Jardim da Bíblia para a descoberta de novas peças.
Isabelly Bezerra, estudante de Psicologia do 5º semestre, aceitou o convite de uma amiga que trabalha no museu para ajudar no evento. Ele conta que a experiência de ajudar naquele momento é muito rica e cheia de aprendizado. “Eu estou podendo, aqui na prática, ter contato com as pessoas que portam TEA. Então eu estou podendo ver, não só a teoria em sala, mas ver também a parte prática, poder lidar, poder observar melhor, escutá-los, saber lidar e para que isso venha enriquecer na minha formação acadêmica”, destaca.
Um lugar para todos
Sérgio Micael, cuidador do museu, ressalta que esse deve ser um ambiente educativo e inclusivo, aberto a todos, sendo uma forma do público estar mais próximo da história e do passado. “Nós estamos desenvolvendo outras atividades com acessibilidade, para as pessoas entenderem que o museu é um lugar de aprendizado, inclusão e que não há barreiras, todos podem consumir da cultura que o acervo do museu oferece”, explica.
Karen Bussacarini, mãe do Gustavo, de 10 anos, conta que soube do evento pelas redes sociais e acabou se interessando pela proposta. “Ter um ambiente mais adequado para que eles possam absorver as informações e conhecer a história, é muito importante. Às vezes, com o barulho, a agitação, eles acabam não prestando tanta atenção, ficando irritados sensorialmente e sobrecarregados. Para eles é muito importante se sentirem incluídos também,” cita.