UNASP promove festival para incentivar espírito missionário em alunos

O UNASP campus Engenheiro Coelho realizou o Festival de Missões, uma programação especial com objetivo de despertar no coração dos alunos o desejo de serem missionários. O evento aconteceu na última sexta-feira (10) e, além de divulgar os projetos que serão realizados, contou com momentos em que alguns missionários tiveram a oportunidade de compartilhar um pouco sobre suas experiências. 

O culto terminou com uma oração especial direcionada aos missionários e às pessoas que tem o desejo de realizar esse trabalho. Após o culto, aconteceu a “Expo Mission”, um momento de exposição dos trabalhos de missão e voluntariado que o Núcleo de Missões e o UNASP oferecem. Na situação, os voluntários e seus líderes puderam falar de forma mais detalhada sobre o trabalho realizado em cada projeto e também foram feitas apresentações especiais.

Objetivo nobre

O pastor e coordenador do Núcleo de Missões do UNASP, Walid Reda, destaca que “o Festival de Missões já é uma tradição no UNASP e o objetivo principal é poder propagar, tanto para a comunidade, quanto para os alunos, as missões que o UNASP oferece”. 

Nos meses de dezembro e janeiro, vários voluntários foram para missões de curto prazo no Egito, Uruguai, entre outros. Para quem não teve a oportunidade de participar, o pastor lembra que existem outras oportunidades. “Nas férias de inverno, teremos quatro missões internacionais e duas aqui no Brasil. Serão para o Líbano, Jordânia, Albânia, Bolívia, Amazonas e Piauí”, menciona Walid. 

Propósito missionário

Ao falar sobre objetivos a serem desenvolvidos durante este ano no UNASP, o pastor Danny Bravo, diretor de desenvolvimento espiritual do campus, evidencia: “esse ano temos o sonho de transformar o UNASP em um celeiro de missionários, pois entendemos que aqui temos os recursos necessários para formar mais pessoas e enviá-las para o mundo como missionários”.

O pastor continua dizendo que o sonho é instigar essa chama no coração dos alunos para que mais pessoas sejam enviadas para o campo missionário. “A missão oferece um propósito que vai muito além de um dom ou de ganhar dinheiro, mas dá razão à existência como um todo”, declara. Danny Bravo ainda reflete que mesmo para quem vai em uma missão apenas pela experiência, sente diferenças ao retornar. “Quando você volta, tudo aqui perde o sentido de alguma maneira. A vontade é trabalhar para os outros ou servindo a alguém”, destaca Danny Bravo. 

Alunos missionários

A missionária Caroline Toledo tem 20 anos e é estudante do curso de Administração no UNASP. Em janeiro de 2023 participou da missão Uruguai, promovida pelo Núcleo de Missões. Ela revela que “participar de uma missão transcultural era um grande sonho do coração e sempre esteve envolvida em projetos da igreja local, mas nunca tinha se aventurado em um lugar tão longe de casa”. 

No UNASP, esse sonho se tornou mais próximo, e no ano de 2022 decidiu se dedicar ao serviço voluntário. “Com a ajuda da minha família e de pessoas que doaram, tive a oportunidade de embarcar para esse sonho”, expressa Caroline.

Ela comenta que lá teve a oportunidade de conhecer outras pessoas que aceitaram o desafio da missão e, apesar das diferenças, tinham um único propósito: levar Jesus ao coração das pessoas e contribuir para com a comunidade. Sobre os serviços realizados, Caroline descreve: “lá realizamos reformas em uma igreja, feiras de saúde, curso de como deixar de fumar, curso de culinária saudável e escola cristã de férias”. 

Ela conclui dizendo que “essa experiência foi um presente de Deus em um momento que precisava muito”. Para ela, “foi um grande desafio, principalmente por não saber tão bem o idioma, mas a felicidade de fazer parte de uma missão foi muito maior”. A aluna fortalece que foi lá para ajudar a comunidade, mas ela quem saiu transformada.

Além das fronteiras

João Pessoa também é um aluno que decidiu embarcar na missão. Aluno do terceiro ano de Teologia, cursando também Pedagogia e Marketing ele passou um ano inteiro atuando como missionário. Ele recebeu a oportunidade de passar 6 meses atuando como preceptor no Instituto Adventista Brasil Central (IABC), em Goiás. Logo depois passou outros 6 meses nos Estados Unidos exercendo o mesmo cargo no Union Springs Academy. 

O estudante conta que foi convidado pelo Serviço Voluntário Adventista (SVA) a ir para o IABC. “Lá tive tive muitas experiências e muitos contatos, dando estudos bíblicos, participando de eventos e programações especiais”, menciona. Depois disso, o missionário recebeu um convite do Núcleo de Missões em parceria com o Instituto de Línguas do UNASP, para servir como preceptor nos Estados Unidos, atuando também como capelão e professor substituto quando necessário.  

Inicialmente João confessa que tinha o desejo de sair do Brasil para ser missionário, mas o primeiro chamado veio para atuar dentro do Brasil. Ele conta que quando esse chamado para os Estados Unidos veio, eles precisavam de alguém com experiência de preceptoria. “Se eu não tivesse aceitado chamado para o IABC, eu não teria ido para os Estados Unidos”, expressa. 

João Pessoa afirma que sua experiência foi de transformação. “A gente vai para a missão para salvar pessoas em primeiro lugar, mas eu acredito que Deus me levou para me polir no meu processo de santificação”, celebra. Além disso, ele expõe que seu inglês melhorou muito e teve a oportunidade de pregar em inglês. “Foi algo extraordinário para mim, eu achava que seriam algo muito difícil, mas foi uma grande conquista”, conta João. 

Apesar de todas as experiências, Pessoa entende que “da mesma forma que pode fazer diferença lá, aqui também tem a oportunidade de exercer o ministério”. Ele lembra também que “a chave está no Núcleo de Missões. Lá é o caminho para ver todas as oportunidades que existem no mundo inteiro para servir pela igreja de Deus de alguma forma”, finaliza.

Missão local

Além das missões que acontecem em outros estados e até mesmo países, também existem projetos missionários que são desenvolvidos para atender comunidades vizinhas do UNASP. Entre eles, o Atos 29 é um ministério que reúne outros projetos. Entre as ramificações está o Atos Kids.

O Atos Kids é um projeto em que um grupo de voluntários dedica suas tardes de sábado para visitar crianças de um abrigo localizado em Conchal. Guilherme Wiest, diretor do Atos Kids, cita que “no abrigo as crianças têm entre 3 e 15 anos e foram retiradas dos pais”. Elas estão em processo judicial para saber se vão retornar para os pais ou vão entrar no processo adoção.

Guilherme comenta que “nas visitas sabáticas os voluntários brincam, cantam, oram e contam histórias bíblicas para as crianças. A ideia é transformar o delas trazendo um pouco de alegria, apesar das circunstâncias”. Ele assegura que quando abrimos mão do conforto de nossa casa mesmo que por uma tarde, para ajudar alguém, falando sobre o amor de Deus, nos aproximamos mais de dEle.