Alunos do Curso de Direito refletem sobre a mulher no ambiente jurídico em semana especial

O curso de Direito do UNASP campus Engenheiro Coelho organizou uma semana especial entre os dias 3 e 8 de março em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Durante esse período, os alunos puderam conhecer histórias inspiradoras de alunas do curso, participar de uma palestra enriquecedora com especialistas da área e ainda concorrer a sorteios exclusivos.

A doutora Ivelise Fonseca, coordenadora do curso de Direito, explica que eventos como este são fundamentais para a formação dos futuros profissionais da área e para criar conscientização, pois proporcionam conhecimento sobre as práticas do mercado, alinham expectativa e permitem que os estudantes se inspirem em experiências reais. 

Mulheres no Direito

No Instagram do curso de Direito, as alunas Vanessa Felau e Gíllian Yann compartilharam suas histórias com o curso. Elas revelaram o que as motivou a escolher a área e os desafios que enfrentaram ao longo da jornada acadêmica.“Apesar de hoje termos mais facilidade para estudar e estar no curso de Direito, sei que, no passado, não era tão simples”, comenta Gíllian.

Para Vanessa, já formada em Pedagogia, o Direito sempre foi uma paixão, mas que, inicialmente, escolheu se dedicar à educação dos filhos. “Quando decidi vir para a área do Direito, sabia que existia um estereótipo de que essa profissão era masculinizada. Mas quando ingressei no UNASP, não senti essa diferença, pois aqui, tanto homens quanto mulheres são muito acolhidos na sala de aula”, conta.

Do sonho à realização

Na manhã de quinta-feira, a advogada e mestranda em Direito Processual, Nastassja Chalub, e a juíza do Trabalho do TRT da 15ª Região, Mariana Cavarra, conversaram sobre o tema “Mulher no Direito” em uma transmissão ao vivo no Canal do YouTube do curso.

Ao longo da conversa intermediada pelas professoras Lady Ane e Nathalia Pivesso, a advogada relatou que foi incentivada pela família a seguir a área do Direito, mas, ao ingressar na advocacia, enfrentou desafios, incluindo situações de assédio enquanto trabalhava em delegacias. No entanto, destacou que tem percebido mudanças nesse cenário.

Já a juíza compartilhou que, no início de sua trajetória, ocupar um cargo de liderança parecia uma realidade distante, pois os exemplos ao seu redor eram majoritariamente masculinos. “Entramos na carreira sabendo que existe uma desigualdade”, expressou ao relembrar que, durante um processo seletivo para um concurso, percebeu que a entrevista focava mais na possibilidade de ela ter filhos do que em suas qualificações.

As convidadas enfatizaram que a maternidade não deve ser um critério para limitar oportunidades profissionais e que as mulheres podem escolher entre carreira, maternidade ou ambas. Além disso, destacaram a importância da diversidade no ambiente corporativo, pois diferentes perspectivas enriquecem a tomada de decisões.

Referências que inspiram

A juíza e professora Lady Ane Della Roca, que participou da organização da semana, destaca a importância de mostrar às estudantes que, além de ser possível ocupar espaços tradicionalmente dominados por homens, essa presença é fundamental para a construção de um sistema jurídico mais justo e democrático.

Sofia Beatriz, aluna do sétimo semestre, enfrentou desafios em seu primeiro estágio, no qual lidava com comentários de figuras masculinas. Por isso, valoriza e destaca a importância de eventos como este. “Sonhamos com o dia em que, no futuro, uma turma visite um tribunal ou uma casa legislativa e se depare com quadros de juristas mulheres, de diferentes etnias”, compartilha.

A parte que mais surpreendeu Noemi Duarte, aluna do primeiro semestre do curso de Direito, foi a abordagem das convidadas sobre temas considerados tabus, de maneira simples e clara. Ela também destaca a importância dessa discussão para o público masculino, pois provoca uma reflexão que pode levar os homens a adotarem atitudes contrastantes com as más práticas de alguns profissionais da área.

Durante a transmissão, as alunas também destacaram a importância de ter referências femininas na área. “Nós, mulheres jovens, que estamos planejando o futuro, muitas vezes não sabemos como será, especialmente por sermos mulheres. Por isso, é inspirador ver outras que já conseguiram”, afirma a aluna Larissa Marchilli.