Acontece no UNASP

Alunos de Música e Camerata UNASP apresentam concerto "Revelation"

O evento contou com a participação do grupo Septimus Ensemble que interpretou a peça "Simple Symphony" e Rose de Souza, Ellen Santana e Jetro Meira como solistas.

Texto: Cristina Levano | Edição: Theillyson Lima

O coral de alunos do curso de Música, e a camerata UNASP apresentaram pela primeira vez o concerto “Revelation”, composto pelo professor Samuel Krähenbühl. Em parceria com a Escola de Artes, a obra foi interpretada em duas ocasiões. No sábado(19) no Hall da Igreja UNASP, campus Engenheiro Coelho, e no domingo(20) na Catedral Metropolitana de Campinas. 

Concerto Revelation foi apresentado na Catedral Metropolitana de Campinas.
Concerto foi apresentado na Catedral Metropolitana de Campinas. Foto: Vinicius Santos

Os estudantes se prepararam para o concerto desde dezembro de 2021 e continuaram ensaiando duas vezes por semana e durante as aulas de “coral” deste ano, inclusive alguns ex-alunos participaram.  “Todos os alunos do curso podem e precisam fazer parte do coral, assim não saibam cantar. Eles levam a matéria de “coral” onde são treinados, e vão aprendendo e melhorando durante os quatro anos de estudo,” declara Samuel Krähenbühl.

Simple Symphony

O programa começou com a apresentação do grupo Septimus Ensemble que deleitava os ouvintes com o”Simple Symphony”, do compositor Benjamin Britten. Ele se dividiu em quatro partes: Allegro Rítmico, Presto, Pouco lento e Pesante, e Prestíssimo con fuoco. Eles ensaiaram o “Revelation” aproximadamente há três meses.

“A gente tá sempre tocando, sempre ensaiando, e sempre em atividade, então esta é uma peça que a gente já tocou. E o Revelation a gente já veio ensaiando. Então, a gente juntou, o coral incrível, a orquestra também,e foi tudo maravilhoso,” expressou o violonista Gabriel de Oliveira. 

O Septimus Ensamble começou como um quarteto, mas com o tempo foi crescendo e se tornou um grupo independente. Dirigido pelo professor Samuel, o grupo se concentrou principalmente em Campinas. Devido a isso o segundo concerto foi realizado às 17h, na Catedral Metropolitana da cidade. 

Para o diretor do coral e do grupo, Samuel Krähenbühl, o concerto é muito importante para comunidade, tanto de Campinas como para o mundo. “É uma é uma estreia mundial, esta é uma obra  que está sendo tocada pela primeira vez. Ela tem uma linguagem atual, moderna, mas dissonante em algumas partes. Ao mesmo tempo é uma música sublime. Então acredito que é muito importante para as pessoas terem esse momento de reflexão”, alega.

Coro do curso de Música apresentou o musical.

“Revelation”

A obra foi composta pelo professor e doutor em composição Samuel Krähenbühl em 2020, pois foi durante a pandemia que encontrou a inspiração no livro de Apocalipse para criar as músicas do “Revelation”(revelação em português). 

Além do coral e da camerata, o evento teve a participação especial da professora Rose de Souza, soprano, da professora Ellen Zamboim, mezzo, e do professor Jetro Meira de Oliveira, tenor, como solistas.

As músicas do concerto foram escritas em inglês, e cada uma delas aborda o fim dos tempos e a volta de Jesus. A primeira peça em ser interpretada foi “Overture”, seguida por “Alpha and Omega”, “Holy,holy,holy”, “Lightnings,thunderings,and earthquake”, “The patience of the Saints”, “Great and Marvelous”, “Entreact”, “Who is and who are”, “It’s done”, “Alleluia!”, “New heaven and New Earth”, finalizando com “Behold, I am coming”.

Em primeira instância, o compositor pensou em criar a música em latim, pois no âmbito musical é uma língua universal. “Em qualquer parte do mundo, a música escrita em latim é considerada música sacra”, explica.

Entretanto, os textos escolhidos do Apocalipse eram complexos e musicalmente não soavam bem, por esse motivo terminou sendo escrita em inglês. “Assim ele está aberto para ser ouvido em qualquer parte do mundo,” afirma o professor Krähenbühl.

Música no UNASP

Eventos musicais como este são parte do UNASP, para o aluno do segundo semestre de música, André da Silva, a música é vida, e acredita que este tipo de programa faz com que a arte seja mais valorizada pela comunidade, algo que deveria ser mais recorrente. “Eu achei legal, durante muito tempo a gente foi treinando, treinando, e treinando até que entrou na cabeça. Então foi incrível a questão vocal, é em questão de saber a letra em outra língua, então a gente já aprendeu bastante coisa”, ressalta.

Cantores especiais também participaram da apresentação. Foto: Vinicius Santos

Veja mais