Curso de Direito do UNASP promove quinta edição do Prêmio Águia de Haia

Os alunos do curso de Direito do UNASP participaram da quinta edição do Prêmio Águia de Haia, um torneio de oratória, retórica e argumentação promovido pela coordenação e pelos professores da instituição. Na última segunda-feira, estudantes dos campi São Paulo e Hortolândia estiveram na Câmara Municipal de São Paulo para simular uma corrida eleitoral ao governo do Estado e colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

O torneio já é tradição no UNASP, pois é realizado há cinco anos e reúne cerca de 150 participantes em cada edição. Criado em homenagem ao legado de Rui Barbosa, advogado, político, escritor e diplomata brasileiro, o Prêmio Águia de Haia busca valorizar a oratória e o pensamento crítico ao promover o exercício da cidadania e estimular o desenvolvimento de habilidades.

Entre os presentes na programação estiveram o vereador Major Palumbo; o vice-reitor do UNASP e diretor-geral do campus São Paulo, doutor Afonso Cardoso; o pró-reitor de graduação, doutor Edilei Lames; e os coordenadores do curso de Direito dos campi São Paulo e Hortolândia, respectivamente, doutor Fernando Cerqueira e doutora Fernanda Covolan.

A dinâmica da grande final

O encerramento na Câmara Municipal de São Paulo foi precedido de duas fases. Na primeira, os candidatos foram divididos em oito grupos e debateram um único tema. Após isso, um integrante foi escolhido por cada grupo. Estes integrantes, posteriormente, participaram em cada campus de duelos em duas sessões. Primeiro, as duplas debateram temas como educação, saúde, meio ambiente e segurança. Após isso, os classificados foram sorteados em dois grupos para responder sobre transporte, habitação, cultura e emprego.

Os vencedores dessas etapas eliminatórias chegaram à fase final. Representando o campus São Paulo, estavam Leslie Amorim, do quarto semestre, e Patrick Moraes, do oitavo. Pelo campus Hortolândia, participaram Ana Beatriz Noveli, do oitavo semestre, e Heber Silva Cavalcante, do quarto.

Para a definição do vencedor, os candidatos discursaram sobre políticas públicas em diferentes áreas. Em cada fase, os participantes fizeram uma exposição individual, seguida de uma etapa de perguntas e respostas rápidas, a qual foi finalizada com comentários dos jurados.

Em seguida, o público recebeu instruções para a votação e decidiu dois finalistas, um de cada campus, os alunos Patrick Moraes e Heber Cavalcante. Depois das apresentações realizadas com temas ainda não utilizados, os jurados convidados e doutores realizaram a votação para definir o vencedor.

O coordenador do curso do campus São Paulo, Fernando Cerqueira, explica que há um edital detalhando todas as regras do Prêmio Águia de Haia e os critérios de avaliação. Entre estes estão, voz, clareza da mensagem e apresentação.

Premiação que celebra o esforço

Com base nesses aspectos, Heber conquistou a quinta edição do Prêmio Águia de Haia. Para valorizar a conquista, ele recebeu uma medalha e um cheque, entregues pelos professores Afonso Cardoso, Fernanda Covolan e Fernando Cerqueira.

Heber conta que buscava esse título desde o ano passado. Na edição anterior, chegou à segunda etapa da eleição para a prefeitura, o que lhe trouxe experiência para competir novamente. Ele afirma que realizar a final na Câmara Municipal de São Paulo, diante dos alunos do campus São Paulo, tornou o momento ainda mais emocionante e desafiador. “Deus conduziu tudo de uma forma maravilhosa, e pude retribuir todo o apoio e a torcida”, afirma o vencedor.

O segundo colocado também recebeu uma medalha de mérito, enquanto os dois participantes eliminados na fase anterior foram reconhecidos com medalhas de participação. Além disso, a aluna Ana Beatriz Noveli recebeu a Medalha Barreto Júnior, entregue pelo professor Misael Barreto Junior.

Para o coordenador do curso do campus São Paulo, o profissional do Direito é, essencialmente, um profissional da palavra,  seja escrita ou falada. Por isso, esse tipo de prêmio não é organizado apenas como um evento, mas como uma oportunidade para estimular os alunos a desenvolver essa competência, aperfeiçoar essa habilidade e transformar a fala e a escrita em instrumentos capazes de construir ideias que solucionem problemas, especialmente aqueles de interesse público.

Heber afirma ter alcançado esse objetivo ao aprender a manter a calma, não perder a estratégia em meio à tensão e conduzir o debate com máximo respeito aos participantes e aos jurados. “Você desenvolve a oratória e aprende muito sobre políticas públicas. Eu tinha várias ideias equivocadas e mudei minha posição a partir do estudo das proposições”, relata.