Impacto Social

"I Will Go" da União Central Brasileira incentiva missionários a encontrarem propósito

Com o tema "Celebration", o evento teve também a formatura da Escola de Missões.

Texto: Ana Clara Silveira e Bruno Sousa

A União Central Brasileira reuniu jovens neste sábado (2), para o primeiro “I Will Go” da história de todo Estado de São Paulo. O evento prepara e incentiva o envio de voluntários para o campo missionário. Para isso, promove palestras e plenárias para esclarecer as dúvidas comuns e evidenciar o agir de Deus em cada etapa da missão.

Chamado de Deus

Enquanto muitos esperam sinais para sair da zona de conforto, as palestras evidenciaram a importância da comunhão com Deus e decisão. O coordenador do Serviço Voluntário Adventista da Associação Geral, Elbert Kuhn, retomou uma frase de Mark Twain para reforçar a força de compreender o propósito: “Os dois mais importantes dias da sua vida são os dias que você nasce e o dia que você descobre o porquê”. Ele ainda falou sobre o valor dos jovens se manterem engajados no voluntariado por conta da energia e compromisso com a igreja.

O pastor Iago Alonso, coordenador Assistente de Missões, Serviço Voluntário Adventista e Viagens Missionárias da União do Oriente Médio e Norte da África – MENA, apresentou uma estimativa do tempo de evangelização em diversos países caso cada adventista falasse sobre Jesus e Sua mensagem para uma pessoa por dia. O resultado é desanimador, levando em conta que a região União do Oriente Médio e Norte da África levaria 245 anos. Por isso, o pastor Alonso reforça a importância do envio de missionários para apressar a pregação da mensagem e fortalece a ideia de que o serviço é transformador. 

Ele ainda contou a história de um jovem europeu que decidiu servir. “Um ano de serviço transformou a vida dele”, comenta. O jovem, cuja identidade não foi relevada para proteção e preservação dos seus dados, após concluir o Ensino Médio decidiu viver uma experiência diferente. Além de apoiar o projeto do MENA e “transformar vidas no campo missionário por um ano, ele retornou para casa e criou um centro de influência na sua cidade natal”. Ele finaliza reforçando o chamado de Deus aos jovens: “transformar o mundo com os talentos que Deus deu”. 

Entre os destaques para a preparação de saída para uma outra cultura, o pastor Dieter Bruns, diretor do Serviço Voluntário Adventista da Divisão Sul-Americana, esclareceu que é preciso antes mesmo de saber para onde ir, desenvolver algumas habilidades, como o inglês. Ele aproveitou para incentivar à missão em pequenas atitudes e o passo a passo para seguir como missionário.

Pastor Elbert Kuhn, coordenador do Serviço Voluntário Adventista da Associação Geral.

Experiências no campo

Durante a programação missionários compartilharam suas experiências no campo. Graduanda em Jornalismo, Paula Orling precisou pausar o seu sonho e foi servir na Micronésia por um período de um ano. No campo missionário, os voluntários passam por diversas situações. Paula compartilha um momento em que viu a mão de Deus. “Um dos meus alunos faleceu de leptospirose, e foi um momento muito difícil superar aquele luto. Mas pedi a Deus forças, e Ele ouviu a minha oração, me dando ânimo para continuar e ajudar os colegas”, rememora.

Já André Eisenhut foi servir na Indonésia e conta com alegria a experiência que transformou sua vida. “Eu sempre tive o desejo de fazer missão, e quando percebi que era o momento, me joguei. Hoje, volto com o coração aberto, entendendo o meu propósito de servir até que Ele venha”, destaca. 

Muitos sonham em conhecer uma nova cultura, aprender um novo idioma e desbravar culturas diferentes. Mas a missão pode ser em qualquer lugar, inclusive onde estamos. Dhellanno Tavares auxilia na missão urbana e comenta a importância da missão local. “Quando entendemos que somos o corpo de Cristo e devemos seguir o seu exemplo, automaticamente o ato de servir encontra o seu propósito”, afirma. A obra missionária contribui com a pregação do evangelho e leva apoio àqueles que precisam.

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