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Livro apresenta em detalhes projetos de Extensão Universitária

A Extensão Universitária acaba de publicar o livro “Extensão em Pauta – Um Recorte de Projetos no Ensino Superior” o qual apresenta a metodologia, a didática e os detalhes de sete projetos de extensão selecionados. Nesta entrevista, os organizadores da publicação, Leonardo Martins e Cristina Tavares, explicam melhor o que o leitor encontrará nesta leitura. […]

Texto: Redação

A Extensão Universitária acaba de publicar o livro “Extensão em Pauta – Um Recorte de Projetos no Ensino Superior” o qual apresenta a metodologia, a didática e os detalhes de sete projetos de extensão selecionados. Nesta entrevista, os organizadores da publicação, Leonardo Martins e Cristina Tavares, explicam melhor o que o leitor encontrará nesta leitura. Acompanhe.

O que motivou a publicação deste livro? 

Leonardo Martins: Todo o professor tem no coração o desejo de registrar alguma coisa, de escrever um livro. Na verdade, juntamos este desejo com a importância dos projetos de extensão, porque os projetos de extensão alcançam muitas pessoas e são uma das marcas importantes da instituição. Colocar isso em um livro é deixar registrado para as próximas gerações, para os alunos daqui a dez, vinte, cem anos, olharem para isso e dizerem: “Nossa! Isso aconteceu. Está registrado”. Isso ainda é muito pequeno diante de tudo o que acontece dentro do Departamento de Extensão, mas é uma marca de algo que acontece e foi registrado. O que motivou é o desejo de que fique registrado um pouquinho de tudo o que é feito. A Extensão, às vezes, acaba sendo vista como uma coisa pequena e, na verdade, o Departamento de Extensão é gigantesco. Acontecem coisas todos os dias. Sentimos que era muito importante deixar um pouco disso registrado.

Cristina Tavares: Concordo com tudo o que o professor Leonardo comentou e acredito que o Centro Universitário Adventista, desde a sua fundação, tem uma vocação para o serviço. Isso já está imbricado na própria missão universitária, mesmo antes de se tornar faculdade ou centro universitário. Então, podemos dizer que o servir é uma marca que vem desde 1915 para o Unasp. Nós temos que ter um trabalho integrado, hoje, entre ensino, pesquisa e extensão. Estamos, cada vez mais, a caminho de nos tornarmos uma universidade e essa indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão precisa ficar cada vez mais pautada e notória para as pessoas que estão ao nosso redor. Isso já acontece em muitos projetos que nós temos aqui em andamento. Por mais que, na pesquisa, ainda estejamos caminhando e avançando, acredito que já temos um caminho de extensão consolidado há mais tempo, talvez até com outras nomenclaturas anteriores ao processo universitário.

Leonardo: A Extensão é fazer. Fazemos atividades que mobilizam alunos, professores e comunidades. Podermos traduzir isso em um livro resgata a perspectiva de universidade, a escrita formal, científica, do registro, dos dados e das informações. Se a gente puder ver esse material sendo usado em sala de aula, acho que as coisas vão aproximar a pesquisa, o ensino e a extensão, que precisam estar juntos.

De que forma podemos definir Extensão Universitária? Como é a relação da Extensão com projetos sociais? São apenas projetos sociais ou não é só isso?

Cristina: A Extensão não se resume apenas em projetos sociais. Na verdade, a Extensão é como um braço do Ensino Superior que trabalha todo elo, desde a produção acadêmica, aquilo que construímos dentro da universidade e precisa ser traduzido para o mundo. Como o Leonardo disse, ter um livro de linguagem fácil como esse leva para outras pessoas a ideia, a concepção, a realização e os resultados de sete projetos concretos que já estamos realizando há muitos anos aqui na instituição, entre outros. Uma das funções da Extensão é a comunicação da produção acadêmica. É também estabelecer um elo, uma troca, com o nosso entorno mais próximo e com o entorno mais distante. Para que a universidade não esteja fechada nela mesma, na sua produção e no seu conhecimento. Precisamos estabelecer uma relação de troca e de parceria com os diversos setores, com as comunidades, com os saberes culturais e populares que estão ao nosso redor. Nós aprendemos com eles, eles aprendem conosco e assim crescemos como um todo. A Extensão ajuda a universidade a não se fechar nela mesma.

Leonardo: Disponibilizar o saber universitário é uma atividade de extensão. Isso pode ser para a própria comunidade carente, mas pode ser para pesquisadores. Toda vez que eu disponibilizo o saber universitário, estou fazendo uma atividade de extensão. Estou trazendo pessoas do entorno, ou mesmo distantes, presencialmente ou virtualmente, quando eu coloco o saber universitário à disposição, com diversas formas que estão registradas no livro. Isso é atividade de extensão.

O que o leitor encontra nesse livro?

Cristina: Nós temos aqui sete projetos que se desenvolveram e estão acontecendo dentro da universidade em diferentes áreas. O Projeto na Comunidade Colombo, nós estamos desenvolvendo. Já temos resultados do início do nosso senso e estamos fazendo atividades constantes lá. Para 2014 vamos instituir uma escola de saúde naquele espaço. A Feira de Saúde Bem Estar Social há mais de 17 anos é desenvolvida pela instituição. Há atividades na Policlínica Universitária, como pilates para a comunidade, hidrocinesioterapia, acompanhados de registros de pesquisa também. Capacitação em boas práticas na manipulação de alimentos é um outro projeto vinculado ao Curso de Nutrição que faz parceria com a Subprefeitura do Campo Limpo e já fez parte também da Subprefeitura do M’Boi Mirim. Inclusão Digital no Unasp é um projeto também desenvolvido há muitos anos para os deficientes visuais.

Leonardo: Esse livro é o registro de alguns dos projetos que o Unasp faz. Na verdade, o livro tem vários autores. Nós organizamos os textos, mas o livro tem vários autores porque os textos foi escrito por professores que coordenam os projetos.

Todos os autores são acadêmicos do Unasp?

Leonardo: Sim, são professores do Unasp que fizeram o registro escrito daquilo que fazem na prática.

De que forma esses projetos estão descritos?

Leonardo: Não há uma estrutura rígida. Cada capítulo tem uma forma diferente, porque os projetos são muito diferentes, muito distintos e os autores são de diferentes áreas. A forma de escrita e a forma da redação são muito peculiares para cada um deles e em estruturas diferentes. Alguns podem ter um caráter mais acadêmico do que outros. Mas todos eles têm o viés do saber universitário transmitido e acessível.

É possível notar como esses projetos funcionaram, de forma prática, ao longo do tempo e identificar o crescimento de algum projeto?

Cristina: É possível sim, porque vários projetos já são desenvolvidos há mais de dez anos na instituição. Alguns autores de capítulos até apresentaram um breve histórico e um pouco da evolução do trabalho, e registros de alguns marcos importantes que foram desenvolvidos nesse período.

Qual critério foi utilizado para escolher os sete projetos publicados no livro, entre os diversos que existem na Extensão Universitária?

Leonardo: Eles representam um pouco da variedade, da diversidade. Acho que isso é a marca dos capítulos.

Cristina: E houve também um convite, de forma geral, aos coordenadores de projetos de extensão. Nós temos, aproximadamente, 30 projetos de extensão aqui no Unasp, no Ensino Superior, no campus São Paulo e, dentre esses, deixamos aberto para que aqueles que desejassem participar dessa primeira edição entregassem seu registro. Nós temos vários colegas que já estão escrevendo o seu texto para o volume dois da série Extensão Universitária. Nós também estimulamos que alguns projetos que são desenvolvidos há vários anos e que possuem excelentes resultados não deixassem de constar e ter um espaço no primeiro volume.

Acreditam ser possível fortalecer os projetos ao serem publicados em livro?

Leonardo: Sim. A visibilidade reforça a importância. Na verdade, não precisaríamos do livro para destacar a importância, mas isso a reforça. O apoio institucional para a produção e o reconhecimento por parte da instituição foram muito importantes.

Cristina: Acompanhando congressos de extensão universitária no Brasil e no exterior, tenho visto que o Unasp investe na extensão da mesma forma como investe em pesquisa. Não há um disparate. Muitas universidades correm atrás do prejuízo porque há um investimento bem inferior na extensão universitária. Isso não ocorre aqui. Nós tivemos o apoio institucional e também da reitoria em todo o processo de produção dessa publicação.

O que vocês imaginam e o que sonham com esse projeto?

Leonardo: Temos alguns objetivos em mente desde o sonho até a concepção e produção dele. Um deles é estimular outros professores, outras instituições, a desenvolverem projetos de extensão porque toda a comunidade interna ou externa à instituição se beneficia. Outro objetivo é reforçar isso dentro do Unasp, entre aqueles que já participam, e estimular aqueles que não estão ainda envolvidos em um projeto de extensão para que comecem a perceber a importância disso e se motivem para começar a planejar um projeto em breve.

Cristina: Ele abre a possibilidade para novos graduandos que chegam à faculdade. Os coordenadores de projetos de extensão podem passar um material já publicado, registrado, para que os alunos extensionistas possam ler, citar em seus trabalhos acadêmicos e conhecer melhor. Com certeza, eles podem ser estimulados a avançar, a ir além do que nós já temos produzido.

Como está sendo feita a distribuição do livro?

Cristina: Ele foi feito por uma editora que tem uma distribuição nacional. É uma editora da cidade de Curitiba. Acompanho congressos de educação em diferentes locais e tenho visto a presença desta editora em grandes congressos. Tenho visto outras universidades em que grupos de pesquisa têm lançado livros também com esta editora e a distribuição tem sido realizada. Nós não precisamos nos preocupar com a distribuição para o público externo porque o livro consta no site da editora e será divulgado em eventos da área de educação. Vamos continuar divulgando nos três campi do Unasp, na biblioteca, entre os coordenadores de projetos de extensão e pessoas que visitam a nossa instituição e à rede adventista de ensino.

 

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