Mãe de aluno conta como é a rotina a três mil quilômetros do filho
A sociedade ocidental criou um dia inteiro para lembrar do amor maternal. No famoso segundo domingo de maio, mães de todos os lugares são homenageadas por seus filhos e netos.
Texto: Redação
“Amor de mãe é único e nunca acaba”. A frase já se tornou um clichê em nossa sociedade, mas retrata um carinho mais que especial. Em todas as épocas a figura da mãe é usada para representar o amor genuíno e sincero. Já no Egito Antigo, Mesopotâmia e Grécia, a imagem da mãe protetora foi muito utilizada para representar a deus-mãe que cuida de todos os humanos. Ísis, Afrodite e Minerva foram alguns dos nomes dados para a deidade responsável por proteger os humanos com amor fraternal. Na era Cristã essa imagem foi associada a Virgem Maria, fato que perdura até hoje inclusive na sua reza: “mãe de Deus, rogai por nós pecadores.”
Além disso, a sociedade ocidental criou um dia inteiro para lembrar do amor maternal. No famoso segundo domingo de maio, mães de todos os lugares são homenageadas por seus filhos e netos. “Mostrar carinho é pouco para apenas um dia. Deve ser demonstrado durante todo o ano”, afirma um estudante que vive no Unasp-EC e cuja mãe mora em Manaus.
Milhares são as histórias de amor e abnegação praticadas pelas mães em nome dos filhos. Quem nunca recebeu uma ligação ou um e-mail de sua mãe apenas por estar preocupada com algo que já estava resolvido? Ou talvez, recebeu uma visita inesperada dela para apenas lhe dar um abraço? Essas são umas das características que fazem das mães pessoas imprescindíveis para nossa vida.
Saudade à 3 mil km
Nem a distância é capaz de diminuir o amor de uma mãe por seu filho. Essa afirmação se aplica bem a vida de Piedade Medeiros. Ela mora em Porto Velho, RO, e sempre sente saudades de seu filho Eclesiastes Medeiros, que mora em Artur Nogueira, SP, e estuda no Unasp-EC. “Sou mãe de cinco filhos e amo cada um deles incondicionalmente”, enfatiza Piedade.
A mãe conta sobre os desafios que enfrentou para criar os filhos depois da morte do marido, que ocorreu em 2007, e da saudade que sente de quando seus filhos eram crianças. “No início foi difícil porque eu estava sozinha, mas hoje sou grata a Deus por ter me apoiado. Hoje trabalho e moro sozinha. As saudades do tempo em que recitava cantigas de ninar para meus filhos é muito grade. Mas sei que fiz minha parte e hoje eles estão bem encaminhados na vida. Um de meus filhos mora em São Paulo mas mesmo com toda essa distância eu não deixo de amá-lo”, destaca.
Piedade hoje trabalha como diretora de assuntos sobre crianças e adolescentes na sede administrativa da Igreja Adventista para parte da região Norte do Brasil.