Semana de Educação promove convivência ética e prevenção a violência

O UNASP campus Engenheiro Coelho realizou a Semana de Educação Escolar 2025 entre os dias 02 e 05 de junho. O evento foi organizado principalmente pelos próprios alunos da instituição e teve como tema principal “Cuidar, incluir e transformar: O papel da educação na promoção da convivência ética e na prevenção das violências”.

Darlene Knoener, coordenadora de Pedagogia, cita que existem duas motivações centrais para abordar esse assunto ainda na graduação. Primeiramente, é previsto por lei o dever da escola em ter práticas de combate à violência no local de ensino, especialmente ao bullying. Além disso, de forma mais complexa, pesquisas mundiais mostram que promoção de ações de convivência ética previne e diminui automaticamente os casos de violência nas escolas. “A demanda é promover uma convivência ética, cuidadosa, é uma forma da gente garantir a educação integral que a gente tanto fala na Educação Adventista”, menciona a professora.

Novo formato

Essa semana especial da educação substituiu a tradicional semana do curso de Pedagogia, tendo em vista que foi realizada em um formato extensionista. Dessa forma, os estudantes puderam participar, mas também organizaram o evento para atender a comunidade, com o intuito de beneficiar docentes da rede pública e particular de ensino.

A aluna Halana Cristina está no último ano do curso de Pedagogia e explica a participação dela e dos colegas na nova dinâmica do evento. “A professora Denise Moura nos propôs a construção de um mural com relatos de experiências marcantes que vivemos na educação, momentos que realmente nos tocaram e reafirmaram nossa escolha pela Pedagogia. Esse mural está exposto na frente da sala onde estão acontecendo as palestras e é uma forma carinhosa de compartilhar nossas vivências com toda a comunidade”, destaca a estudante.

Além disso, ela menciona que também participou ativamente durante a  programação, como ajuda na organização do sorteio de livros, que aconteceu como forma de incentivar a leitura de forma acolhedora. A estudante enfatiza a participação coletiva dos colegas e comemora: “uma coisa muito especial dessa edição foi que a gente fez questão de envolver mais os alunos do primeiro semestre, dando espaço pra que também participassem ativamente”.

Oficinas práticas e palestras

Os quatro dias de evento foram de muitas palestras, oficinas e trocas de experiências entre docentes e alunos. Uma das oficinas, realizada no segundo dia de programa, foi ministrada pelo estudante do nono semestre de Direito, Guilherme Wiest, que abordou o tema “Direitos das Crianças e Adolescentes: Um olhar a partir da prática jurídica”.

O palestrante afirma que “é de extrema importância falar sobre esse assunto para futuros pedagogos, visto que são eles que formarão uma rede de apoio para as crianças nessas situações e também são eles que vão conseguir detalhar sobre a real situação da criança”.

Halana também destaca a dinâmica que a doutora Stella de Melo conduziu em formato de roda de conversa, no terceiro dia da semana especial. “Tive a chance de conhecer pessoas com quem eu provavelmente não conversaria em outras situações. Foram momentos leves, mas com conteúdos importantes, que nos fizeram refletir de forma profunda e acolhedora”, comenta.

A coordenadora enfatiza que “o principal objetivo é preparar estudantes de pedagogia e de outras licenciaturas e professores para lidar com questões de convivência na escola, porque essa não é uma formação que historicamente acontecia. A gente saía da graduação sem saber como lidar com as questões de indisciplina, quem dirá de violência”.

Encerramento

O último dia da semana especial ainda contou com oficinas, porém, o encerramento foi feito por estudantes do primeiro semestre do curso de Pedagogia, com apresentações artísticas alertando sobre o bullying dentro da sala de aula, tema discutido durante todo o programa. Vários sorteios e um belo coquetel encerrou o evento e promoveu confraternização entre os participantes, de maneira acolhedora e coletiva, assim como sucedeu toda a programação.

“A gente está construindo agora uma nova história em que o aluno já desde a faculdade aprende como é que lida com as questões de convivência”, finaliza a professora Darlene.