A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa na área da saúde que visa abrir um diálogo com a sociedade sobre prevenção ao suicídio.
Muitos assuntos são considerados tabus em nossa sociedade. Outros, no entanto, são evitados para não causar aquele famoso “climão”. Mas neste mês um destes assuntos não deve ser evitado por ser de extrema importância. Portanto, agora vamos falar sobre a prevenção ao suicídio.
Este é um assunto de saúde pública
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Isso sem que sejam contadas as tentativas, pois acredita-se que para cada morte há muito mais pessoas que tentam o suicídio.
Além disso, ao contrário do que se pensa, o suicídio não ocorre em maior escala em países com alta renda. Ele também ocorre em países que possuem baixa renda. Sendo assim, ele se configura como a principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Por ter dados e números tão alarmantes a prevenção ao suicídio tornou-se assunto de saúde pública no Brasil. Pois assim como outras doenças existe um grupo de risco configurado, assim como agravantes e – claro, como toda doença – prevenção.
A campanha do Setembro Amarelo é uma dessas iniciativas da saúde para que o assunto seja discutido e chegue em todos os lugares, a fim de promover a prevenção. Aliado a campanha também contamos com o CVV (Centro de Valorização da Vida).
O CVV reforça a ideia de “escuta empática” e também atua como um “pronto socorro emocional”. Funciona assim: a pessoa liga para o CVV e é atendida de forma gratuita. Não há necessidade de identificação. A ligação para o número 188 agora também é gratuita, uma conquista obtida em acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde.
Continue a leitura a seguir.
Setembro Amarelo: este também é um assunto de família!
Muito antes de se tornar pauta pública, a prevenção ao suicídio também é um assunto para a família. Afinal, o papel dos familiares para um equilíbrio emocional é fundamental.
De acordo com a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos), a perda de um ente querido pode causar danos emocionais e sociais de 5 a 10 familiares e pessoas próximas.
O círculo afetivo familiar de uma pessoa que sofre de transtornos emocionais deve ser acolhedor, forte e encorajador. Além das pequenas atitudes de empatia, os familiares e amigos próximos também podem ajudar na busca por ajuda profissional.
É um assunto para a roda de amigos.
Tocar neste assunto não deve mais ser considerado tabu e sim, um jeito de usar as palavras amigas para prevenção do suicídio.
Um amigo não pode substituir um profissional, como o psicólogo, mas toda escuta é bem-vinda. Por isso, ao sentir que seu amigo precisa conversar ou desabafar, tente ser presente e empático.
E se possível, aconselhe-o a procurar ajuda profissional.
Provavelmente você já deve ter ouvido histórias ou conhecido pessoas que cometeram suicídio. E essa situação é extremamente delicada e triste, não é apenas para a vítima como também para as pessoas próximas a ela. No entanto, por mais que seja difícil tocar no assunto é necessário abordá-lo.
Este é um assunto para agora. Não podemos mais adiar essa conversa, por isso, se você sente que precisa falar sobre esse assunto, ligue: 188.
Você também vai gostar de ver isso:
UNASP – VIVA A VIDA | SETEMBRO AMARELO
Setembro Amarelo: precisamos falar sobre a prevenção ao suicídio
Ansiedade: especialistas dão dicas valiosas para enfrentar os momentos de crise
Cuide-se e até breve! 🙂