A língua de sinais exercem um papel fundamental na comunicação e na inclusão de pessoas com deficiência auditiva e/ou surdez na sociedade.
É um dos principais marcos culturais nas comunidades surdas, pois assim como a linguagem falada, a linguagem de sinais determina fronteiras entre as culturas surdas e as ouvintes.
Houve um tempo em que os surdos eram excluídos do convívio social. Eram impedidos de estudar, trabalhar e se relacionar com outras pessoas. A língua de sinais ajuda a romper essas barreiras.
E apesar de reafirmada como patrimônio maior das culturas surdas e de sua crescente exposição, esta forma de comunicação ainda é pouco conhecida por grande parte dos não-sinalizadores. No cotidiano de grandes cidades veem-se grupos de surdos a sinalizar (em ônibus, restaurantes, centros comerciais, ruas, etc.).
São gestos que se pronunciam em conversas “silenciosas” ainda cercados de mistérios e até mesmo de preconceitos e mal-entendidos pela maior parte da população ouvinte.
Importante entender que grande parte dos gestos (sinais) é, assim como palavras, arbitrário, não guardando qualquer semelhança com a imagem dos objetos a que se refere.
Podemos assim dizer que existe uma diferença, por exemplo, entre a Libras e a LGP (Brasil e Portugal), provando que as L.S. não são universais.
Língua de sinais no Brasil
No Brasil, temos a Libras – Língua Brasileira de Sinais, que no ano de 2002 foi reconhecida oficialmente como a língua da comunidade surda do país. Em Portugal, a comunidade surda se comunica por meio da LGP (Língua Gestual Portuguesa). Sendo usada por cerca de 30 mil pessoas. Apesar de compartilharem semelhanças no idioma, os dois países apresentam diferenças na linguagem de sinais.
Ou seja, cada país (algumas vezes, cada região autônoma dentro de um país) conta com uma ou várias línguas de sinais diferentes, e cada grupo de sinalizadores expressa, por sua vez, características específicas quanto aos seus usos.
As línguas de sinais pelo mundo
Assim como a língua falada, as linguagens gestuais são aprendidas de forma natural pelo deficientes auditivo.
Também possuem códigos e regras como qualquer outra língua. Se uma pessoa surda for visitar outro país, ela terá que aprender ou ao menos ter uma noção básica da língua de sinais do local.
Também existem a LSE (Língua de Sinais Espanhola), a LSM (Língua Mexicana de Sinais). A LAS (Língua Angolana de Sinais), a LMS (Língua Moçambicana de Sinais) e muitas outras. É interessante perceber que a língua de sinais também apresenta diferenças regionais e dialetos, assim como a língua oral.
Comunicação é essencial para inclusão
Como todas as línguas, as línguas de sinais são extremamente ricas e garantem que pessoas surdas possam se comunicar sobre todos os assuntos.
Infelizmente, ainda existe muito preconceito e diversos surdos relatam sentir constrangimento ao usar a as Libras em público.
Entretanto, a conscientização está aumentando! E cada vez mais pessoas percebem que não existe uma língua superior a outra.
A língua de sinais é essencial para a inclusão de pessoas surdas nas universidades, em diferentes campos de trabalho e também na vida cultural, social e política na sociedade.
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