Com a volta às aulas de forma presencial, muitos pais se preocupam em ficar longe dos filhos e como a criança poderá se adaptar na escola novamente.
Se você quer saber o que fazer para entender esse momento e como se adaptar da melhor maneira, veja as 5 dicas que preparamos para você sobre como lidar com a ansiedade da separação durante a volta às aulas.
Com a pandemia do coronavírus dando sinais de recuo e o avanço da vacinação, foi possível pensar a educação novamente voltando a sua normalidade.
Para isso, a primeira etapa foi o retorno às aulas presenciais para a educação básica, considerando que as crianças possuem menor índice de mortalidade e internação por Covid.
No entanto, a volta do presencial integrado à nova rotina pode gerar pensamentos e sentimentos associados à ansiedade por separação. Essa situação pode atingir tanto o emocional dos pais durante o cotidiano, quanto das crianças em seu comportamento no ambiente escolar.
Então, como fazer para que esse processo de mudança não desperte negação ou frustração nos pequenos?
A seguir, separamos algumas dicas que podem te ajudar a lidar com a ansiedade da separação durante a volta às aulas da criança. Confira!
Observar é importante, conversar mais ainda
É fundamental estar atento às mudanças de comportamento dos pequenos, principalmente durante o período que antecede as aulas. Dessa forma, é possível dialogar de acordo com alguma aflição que a criança esteja passando.
Um grande exemplo são os pequenos que se sentem desconfortáveis e introvertidos quando estão longe dos pais, e que apresentam dificuldade em ficarem sozinhos. Para isso, é necessário dar à criança liberdade para comunicar suas angústias.
Além disso, explicar as razões pelas quais voltar às aulas é algo natural e mostrar o valor de se estar com os coleguinhas pode ajudar na aceitação da criança e ajuda a desenvolver nela o senso de autonomia.
É a hora de tomar medidas práticas
Para que o seu filho entenda que sair de casa é super normal, é preciso que ele seja estimulado aos poucos. Faça um passeio pela vizinhança, conheça a fachada da escola, essas ações podem ser aplicadas ajudam a conter a ansiedade.
Além disso, durante as aulas é preciso acompanhar o rendimento da criança e ajudar em seu desempenho nas atividades escolares.
Outro fator importante é ensinar a criança a descobrir seus hobbies.
Incentivar o pequeno a ocupar seu tempo livre com atividades das quais ele gosta – seja esporte, arte, leitura – mostra que existem muitas coisas que ela pode fazer sem a ajuda e a presença dos pais.
Não se desespere na hora da birra!
É possível que em algum momento, o pequeno apresente seu medo através de comportamentos mais agressivos e reativos. No entanto, para lidar com as birras, repreender não é a melhor solução.
Dessa forma, validar o sentimento da criança é o fator mais importante. Corrigir e acolher com firmeza é a chave para que ela tenha condições de compreender o que pode ou não fazer.
Porém, se esse tipo de comportamento durar mais do que o esperado ou prejudicar de forma radical, procure ajuda de um profissional especializado na saúde emocional, pois o não tratamento desse tipo de reação em larga escala pode estimular outros transtornos mais graves como depressão e síndrome do pânico.
Fique em paz!
As crianças demonstram com mais intensidade seus medos e ansiedades, mas isso não quer dizer que os adultos não sofram do mesmo mal em relação à volta às aulas.
Seja pela separação ou pelo medo da – ainda presente – pandemia, os pais podem sentir que ao se separar de seus filhos podem perder o vínculo totalmente ou que a criança sofre algum risco.
Em relação ao contágio, é preciso compreender que ainda há risco, porém de maneira muito mais controlada e com cuidados já habituais.
Já em relação à proximidade, é preciso compreender que a quantidade de horas que se passam juntos não tem a ver com intimidade, mas é a qualidade do tempo que importa.
Crie situações que possam ser bem aproveitadas.
Use o momento da refeição ou a hora do banho, e construa momentos muito mais significativos com boas memórias afetivas.
Aceitar a mudança é o primeiro passo
Este momento é tratado por especialistas como uma espécie de “luto”, já que é considerado o fim de uma fase de maior contato familiar. Assim, sentimentos como negação, raiva ou tristeza são comuns durante esse período.
Para tanto, desenvolver uma nova rotina, ser flexível e não exigir mudanças bruscas e cuidar da saúde mental são fatores primordiais para se estabelecer diante da nova “normalidade”.
O novo pode parecer assustador, mas é necessário para que os ciclos sejam fechados e novos sejam criados, principalmente em relação às novas fases de aprendizagem da criança.
E, se lembre, em casos nos quais os sintomas venham a se agravar, procure ajuda médica profissional.
Até mais! 😄