[vc_row][vc_column][vc_text_paragraph]Vamos praticar redação? Veja os temas que caíram no Vestibular Unasp de 2011.
Observações:
• Leia as duas propostas e escolha uma delas;
• Lembre‐se de que a produção de seu texto dissertativo argumentativo requer o uso da língua escrita culta eque dissertar é expor ideias de modo claro e coerente. Portanto, suas conclusões devem decorrer da argumentação que você tiver apresentado;
• Seu texto deverá ter, pelo menos;
• Dê um título ao seu texto.
PROPOSTA A: TRABALHO – BENÇÃO OU ESCRAVIDÃO
Os dois textos que você vai ler apresentam diferentes visões a respeito do trabalho. O primeiro aponta‐o como elemento de humanização, sendo que através dele o homem desenvolve suas habilidades, sua imaginação, atingindo, assim, sua própria liberdade.
No segundo texto ele surge como elemento de submissão, pois é abordado o aspecto cruel do trabalho no mundo contemporâneo, contrariando as expectativas de que a tecnologia proporcionaria ao homem maior tempo de lazer.
Relacione esses textos e, com base nas ideias neles contidas, além de outras que você julgar relevantes, redija uma dissertação.
TEXTO 1
A VISÃO FILOSÓFICA SOBRE O TRABALHO 1
Pelo trabalho, o homem transforma a natureza. Essa atividade se distingue da ação animal porque é dirigida por um projeto (antecipação da ação pelo pensamento) e, portanto, é deliberada, intencional. Pelo trabalho, é estabelecida uma relação dialética entre a teoria e a prática: o projeto orienta a ação e esta altera o projeto, que de novo altera a ação, fazendo com que haja evolução dos processos empregados; o que gera um processo histórico. Além disso, para que esse distanciamento da ação seja possível, é preciso que o homem tenha a linguagem, pela qual representa o mundo (torna presente no pensamento o que está ausente) e comunica‐se com o outro.
O trabalho se realiza, então, e sobretudo, como atividade coletiva. Mas o trabalho, além de transformar a natureza, humanizando‐a, além de proceder à “comunhão” (à união) dos homens, transforma o próprio homem. “Todo trabalho trabalha para fazer um homem ao mesmo tempo que uma coisa”, disse Mounier. Isto significa que pelo trabalho o homem se autoproduz, desenvolve as suas habilidades, a imaginação; aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá‐las; aprende a conhecer suas próprias forças e limitações; relaciona‐se com os companheiros e vive os afetos de toda relação; impõe‐se uma disciplina.
O homem não é sempre o mesmo, pois o trabalho altera a visão que ele tem do mundo e de si mesmo. E se, num primeiro momento, a natureza se apresenta aos homens como destino, será o trabalho a condição da superação dos determinismos: essa transcendência é propriamente a liberdade. Por isso, a liberdade não é alguma coisa que é dada ao homem, mas é o resultado da sua ação transformadora sobre o mundo, segundo seus projetos.
1 1o ano do Ensino Médio, Colégio Eduardo Gomes, Disponível em http://www.egemfoco.com.br/VISAO_FILOSOFICA_TRABALHO/ A%20visao%20filosofica%20sobre%20o%20trabalho.pdf, . Acesso em: 10 jul. 2009
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TEXTO 2
No filme, Tempos Modernos, Chaplin faz uma crítica à visão taylorista do trabalho nas indústrias, processo de racionalização que reduz o homem ao papel de engrenagem.
A fragmentação do trabalho conduz a uma fragmentação do saber, pois o trabalhador perde a noção de conjunto do processo produtivo. Não há envolvimento afetivo ou intelectual com o trabalho e a relação torna‐se fria, monótona e apática. A produção deve satisfazer as necessidades do mercado e não do trabalhador.
Marx observou que produção é ao mesmo tempo consumo, pois quando o trabalhador produz algo, além de consumir matéria prima e os próprios instrumentos de produção, que se desgastam ao serem utilizados, ele também consome as suas forças vitais nesse trabalho.
(www.logoscolegio.com.br /adm/download.asp?arquivo ‐ Similares)
PROPOSTA B: BENEFÍCIOS DA LEITURA
Levando em conta os textos abaixo, redija uma dissertação argumentando a respeito das ideias neles contidas e também sobre outros pontos que considere pertinentes em relação à leitura como atividade compensadora que produz saber linguístico, ordena os pensamentos e estimula a imaginação criadora num contínuo processo de aprendizagem.
TEXTO 1
“Era um bruto, sim senhor; nunca havia aprendido, não sabia explicar‐se(…)Nunca vira uma escola.
Por isso não conseguia defender‐se, botar as coisas nos seus lugares.(…) Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê‐la. Impossível, só sabia lidar com bichos.”
(Vidas Secas, Graciliano Ramos)
TEXTO 2
“Quando as pessoas não sabem falar ou escrever adequadamente sua língua, surgem homens decididos a falar e escrever por elas e não para elas.”
(Wendel Johnson)
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