A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa na área da saúde que visa abrir um diálogo com a sociedade sobre prevenção ao suicídio.
Primeiramente, vale lembrar que casa sempre foi sinônimo de abrigo, lar e aconchego. De fato, isso tem um motivo. Afinal, a nossa casa é – ou pelo menos deveria ser – um lugar para nos sentirmos à vontade e desta forma falar sobre os assuntos mais difíceis. Por isso, a família é muito importantes na hora de tratar de temas delicados como a prevenção ao suicídio.
Dessa forma, por saber que nem todas as famílias têm a orientação correta para compreender os assuntos relacionados à saúde emocional, decidi procurar algumas dicas listadas por ongs que apoiam a causa do Setembro Amarelo, a fim de ajudar na discussão sobre o tema em casa.
Esse post tem como base e referência a cartilha de orientação à família feita pelo Ministério da Saúde.
Continue a leitura a seguir.
Por que o ambiente familiar é tão importante para a prevenção ao suicídio?
Como já citado anteriormente, o ambiente familiar – a nossa casa – deve ser um abrigo acolhedor. Pois, na família, deveríamos encontrar amor, proteção, confiança, força e apoio.
Outro ponto importante: a observação. Os pais e pessoas próximas podem ajudar prestando atenção aos sinais que muitas vezes são quase ignorados, desta forma é possível procurar por ajuda mais rápido.
Frases para ficar em alerta!
— Tenho vontade de dormir e não acordar mais;
— Sou um peso para as outras pessoas;
— Estou cansado e sem razão de viver;
— Não há mais prazer em se viver;
— Tudo seria mais fácil se eu não existisse;
— Sou um fracasso.
Você pode verificar outras frases e mais sinais preocupantes aqui na cartilha.
Como iniciar uma conversa
Em muitos casos as famílias não estão acostumadas a conversar de maneira sincera ou então, não veem essa necessidade. Entretanto, como já afirmado anteriormente, é imprescindível que as famílias estejam unidas neste momento da conversa.
Embora seja compreensivo que iniciar uma conversa sobre os sentimentos de outra pessoa não é tarefa fácil; Então, lembre-se de primeiro tentar se colocar no lugar do outro.
Aproxime-se
Inicie a conversa de maneira afetuosa, de forma que o outro sinta-se protegido e amado. Sendo assim, não use frases com tom de cobrança, como: “Por que está com essa cara?”, “O que está acontecendo com você?”, “Você tem motivos pra isso?”.
Converse
Tente levar a conversa com calma, respeitando o tempo do outro. Ou seja, falar sobre dores e angústias não é uma tarefa fácil, mas é preciso. Por isso, não deixe para depois, mas seja paciente e atencioso ao lidar com o desabafo.
Escute
Lembre-se sempre da sua posição, você está ali como ouvinte e por isso é necessário que você permita a fala – sem interrupção – do outro. Logo, evite fazer comentários críticos ou julgadores sobre os relatos.
Ajude e seja proativo
Após escutar todo o desabafo, coloque-se à disposição para ajudar da maneira que puder. Portanto, seja proativo ao trazer soluções, como uma terapia, por exemplo.
É claro que você ajuda escutando o desabafo, mas a terapia sempre é o melhor caminho. Pesquise, marque a consulta e leve a pessoa até o local, se possível.
O que você NÃO deve fazer está bem especificado na cartilha, você pode conferir aqui.
Ah! Não se esqueça que é importante criar formas de fortalecer os vínculos familiares e tornar o lar um ambiente agradável para se viver.
Aqui também cabe ressaltar que nem todas as famílias desfrutam de um ambiente compreensível e acolhedor. Deste modo, caso você conheça alguém que precisa de ajuda e não pode recorrer aos familiares, ajude-a.
REDE DE APOIO
Para ajudar quem precisa desabafar, indique a ligação anônima para o CVV (Centro de Valorização da Vida), disque 188. A ligação também é gratuita.
Precisando de apoio em casos de tentativa de suicídio, busque os serviços da Rede de Atenção Psicossocial como o CAPS, Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde), UPA 24H, SAMU 192 ou Pronto Socorro da sua região.
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Cuide de você e da sua família! 🙂