Alunos de Arquitetura e Urbanismo do UNASP participam de Bienal na Coreia do Sul
Um dos professores do curso recebeu uma homenagem especial durante a programação.
Texto: Gabrielle Ramos
O curso de Arquitetura e Urbanismo representou o UNASP na quinta edição da BIAAA (Bienal Internacional de Arquitetura Acadêmica Adventista), realizada na Sahmyook University, em Seul, Coreia do Sul. Entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro, o evento reuniu estudantes, professores e designers de diversos países para refletir sobre a área a partir de valores e princípios por meio do tema “As formas seguem a fé”.

A bienal é resultado de uma parceria entre universidades adventistas da Ásia e das Américas, com o propósito de valorizar a produção acadêmica, discutir temas contemporâneos relacionados à área e inspirar novas formas para a prática profissional.
Aprendizado além da sala de aula
Em 2023, o UNASP campus Engenheiro Coelho sediou a quarta edição da bienal. Na ocasião, a coordenadora Mayara Christy realizou a entrega simbólica da bandeira da BIAAA ao representante da próxima instituição anfitriã. Desde então, a coordenação do curso nos campi iniciou a viabilização da participação dos alunos na quinta edição.
Júlia Martins, estudante do curso no campus Engenheiro Coelho, conta que a viagem exigiu um longo preparo, desde o planejamento financeiro até questões como passaporte, visto, vacinas, seguro-viagem, deslocamento, hospedagem e outros detalhes logísticos.
Como o Brasil não possui voos diretos para a Coreia do Sul, a coordenação optou por conexões mais longas em cidades estratégicas, como Paris e Pequim. A escolha teve como objetivo oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer ícones da arquitetura mundial, como a Torre Eiffel, o Museu do Louvre, a Catedral de Notre-Dame e a Grande Muralha da China. “Para muitos alunos, foi a primeira vez em contato direto com obras que até então só conheciam por livros ou em sala de aula”, destaca a professora e mestra, Mayara.
A estudante conta que o que mais lhe chamou a atenção durante as visitas foi o contraste entre o antigo e novo na mesma cidade. Além disso, destaca que principalmente na China os prédios são visualmente impressionantes tanto durante o dia quanto à noite, devido ao uso da iluminação. Entre todas as cidades visitadas, Seul foi a que mais a encantou, especialmente pelas soluções urbanas que facilitam o cotidiano das pessoas e pela preocupação com a acessibilidade.
Reconhecimento internacional
Durante a bienal, diversos trabalhos do curso, desenvolvidos por docentes e alunos do UNASP, foram apresentados. Um destaque foi o do professor Rolf Maier, que recebeu menção honrosa. O projeto, realizado há mais de dez anos na Amazônia, é voltado à construção de espaços para comunidades ribeirinhas.
O professor conta que recebeu a premiação como um gesto de carinho de Deus, um reconhecimento pelo esforço e pela dedicação de tantos anos a esse projeto. “Os alunos que participaram ativamente do desenvolvimento do projeto e da execução do playground durante a missão também merecem essa menção honrosa, pois esse projeto não ficou apenas no papel, ele é real”, compartilha.
Inspiração pra vida
A coordenadora do curso no campus São Paulo, Cleide Doerner, conta que a participação na Bienal foi muito mais do que uma simples viagem. A experiência proporcionou contato direto com diferentes culturas e expressões arquitetônicas o que amplia a visão de mundo dos alunos.
Para o professor, o momento representou uma oportunidade valiosa de conhecer mais de perto os estudantes. “Proporcionar a quem está iniciando sua trajetória como futuros arquitetos e arquitetas esse tipo de vivência é algo único. Pude perceber o olhar dos alunos se abrindo para novas percepções, algo que certamente ampliará seu senso crítico na hora de projetar”, garante
Além disso, Mayara destaca que o evento também favorece a rede de contatos com professores e alunos de diferentes partes do mundo. Isso abre caminhos para futuras parcerias e dá visibilidade às produções dos estudantes em uma plataforma de grande alcance.
Júlia relata que as palestras foram uma grande fonte de inspiração e que teve a oportunidade de conhecer a realidade de outros países. “São conhecimentos que vou levar para a minha vida inteira”, afirma.
Para dar continuidade ao aprendizado, o curso realizará exposições com os registros e experiências da viagem. Isso permitirá que os demais alunos também se beneficiem dessa vivência.


