Impacto Social

Grupo de voluntários participa de projeto missionário no Uruguai

Equipe de 20 voluntários atuou em ações em prol da comunidade de Montevidéu.

Texto: Natália Goes | Edição: Theillyson Lima

Um grupo de alunos e funcionários do UNASP, campus Engenheiro Coelho, dedicou parte de suas férias para um projeto especial em Montevidéu. O projeto foi promovido pelo Núcleo de Missões do campus em parceria com a sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Uruguai.

Grupo de voluntários que foram para o projeto do Uruguai
Grupo de voluntários que foram para o projeto do Uruguai.

Os voluntários partiram de avião de São Paulo em direção a Porto Alegre, de lá seguiram viagem de ônibus até o Instituto Adventista del Uruguay, onde ficaram hospedados. O primeiro desafio foi enfrentar algumas horas de viagem até chegar no local. As ações do projeto missionário aconteceram do dia 03 ao dia 17 de janeiro de 2023, durante um período de 15 dias.

Propósito e ação voluntária

O objetivo da missão no Uruguai foi dar início a uma nova fase do Núcleo de Missões e abrir caminhos para o envio de missionários. O pastor Danny Bravo, que acompanhou e liderou a missão, relata que “o objetivo, em primeiro lugar, foi a gente abrir um novo campo do Núcleo de Missões. Ainda não tinha uma missão específica lá no Uruguai, então a gente foi antes de mais nada com essa responsabilidade de desbravar. Criar um vínculo para poder acompanhar nos próximos anos.”

Ações na estrutura fizeram parte do projeto.

A proposta para o trabalho na missão foi ajudar três igrejas do distrito do Prado, em Montevidéu. O pastor conta que “a primeira igreja foi auxiliada estruturalmente, a segunda igreja foi auxiliada na parte evangelística, atuando mais perto das pessoas. Já na terceira igreja o contato e atuação foram pontuais na assistência aos moradores de rua, além de impulsionar todas as igrejas e gerenciar os cultos delas.”

As ações na área de estrutura foram concretizadas com a construção, reforma e limpeza de salas infantis, na arrumação do local, na estruturação do paisagismo e pintura. Na segunda igreja, foram feitas feiras de saúde, escola cristã de férias (atendendo cerca de 25 crianças), cursos de como deixar de fumar e de culinária saudável. Já na terceira igreja, as ações foram voltadas para doações de roupas e alimentos na comunidade. 

Experiência e adaptação

Sair do país de origem, ter contato com outra cultura, língua e culinária muitas vezes não é fácil. A aluna do curso de Administração, Sara Chacchi, participou do projeto e apesar de ter sido a sua terceira missão pelo UNASP, ela conta que foi uma experiência totalmente diferente das outras vezes. “Foi uma experiência cultural totalmente diferente, porque lá é um ambiente pós-secularizado, as pessoas são muito indiferentes e esse é um dos maiores perigos que a gente tem. A gente tá acostumado com o calor do Brasil, com o povo acolhedor. Quando chegamos lá fora a gente entende que é diferente e que a gente tá na casa do outro e precisamos nos acostumar e se adequar com a cultura do outro”, relata.

Por estar sempre envolvida com a missão, Sara não somente ajudou a comunidade, mas também outros voluntários que não tinham tanta experiência e não haviam passado por um choque cultural. “ As experiências das outras missões ajudou muito no sentido de que quando um missionário estava passando por um choque cultural e pensava que podia impor o seu jeito de trabalhar no local, eu já tinha a sabedoria e a experiência de poder chamar no canto e conversar para explicar que não funciona dessa forma”, comenta a estudante.

Os momentos vividos pelos missionários ficam marcados em cada um deles. O aluno Gabriel Frigatti, que faz Rádio e TV, descreve seu maior desafio. “Creio que foi cuidar das crianças na escola cristã de férias. Nunca tive a oportunidade de trabalhar com crianças e por isso foi uma grande novidade pra mim. Mesmo assim, foi maravilhoso trabalhar com elas e aprender junto com elas”, conta.

Além dos momentos vividos durante a missão, as amizades construídas e a união são pontos essenciais para o bom andamento do projeto. “Eu nunca trabalhei com um grupo de missionários tão bom quanto foi nessa missão. Éramos muito unidos e trabalhávamos sempre juntos para o bem das pessoas”, confessa Gabriel.

Relacionamento com Deus e envio

O UNASP, através do Núcleo de Missões, envia alunos para o campo missionário nos mais diversos países. A missão torna-se ponto de transformação na vida das pessoas é o que traz o pastor Danny Bravo. “Toda vez que alguém vai para a missão, a pessoa é transformada em primeiro lugar, né? Parece meio clichê falar isso, mas é uma realidade. A gente vai para poder apoiar as pessoas, mas quando você está imerso ali, em uma outra cultura nacional, em uma outra cultura religiosa, você vê tipos de desafios diferentes, isso impacta”, pontua.

Através do impacto gerado, há também uma nova forma de percepção do mundo. “Quando você lida com as pessoas e ver que as demandas que ela tem são diferentes das que a gente tem aqui, tudo isso sempre abre a cabeça, abre os olhos para uma realidade diferente, para aquilo que realmente é essencial na pregação do evangelho. Acaba sendo transformador. Não tem ninguém que vai pra uma missão e volta igual. Realmente sempre é transformador”, enfatiza o pastor.

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