Dia após dia as mulheres conquistam novos espaços na sociedade. Direito ao voto, participação na ciência e condições de empregabilidade são exemplos de como mulheres e meninas ganham cada vez mais proeminência na comunidade.
Na Literatura, as mulheres são protagonistas em força, coragem e na prática de suas funções. Temos diversos exemplos da resiliência feminina em livros brasileiros e também estrangeiros. Além do mais, ter acesso a estes conteúdos constroi uma visão justa sobre o mundo de maioria feminina.
Se você quer conhecer mais sobre o protagonismo das mulheres, não se preocupe, porque selecionamos seis livros para você ficar por dentro deste assunto. Confira nossas sugestões!
1. A menina que roubava livros
Esta é a história de Liesel Meminger, filha de uma comunista durante o período da perseguição nazista. Para proteger a menina e seu irmão, a mãe a envia para morar com uma família adotiva nos subúrbios de uma cidade alemã. Quando Liesel perde o irmão, tem contato com seu primeiro livro, um perdido pelo coveiro no funeral do irmão.
A partir daí, começa a surrupiar outras obras e cria um fascínio pela leitura quando é alfabetizada pelo pai adotivo em um período nazista em que livros são queimados. Por meio da sensibilidade e do questionamento sobre humanidade, o autor Markus Zusak cativa os leitores até o final da narrativa.
2. Projeto Sunlight
Este é um livro que toda mulher cristã deveria ler pelo menos uma vez na vida. A escritora norte-americana June Strong relata a história fictícia de uma mulher sob a perspectiva do anjo Jader.
Baseada nos eventos apocalípticos bíblicos, a trama descreve a história de Meg, chamada de Sunlight (luz do sol, em português) por Jader. Atravessando crises, dúvidas e descobertas, o livro incentiva a fé de seus leitores ao trazer intersecções com a Bíblia e mostrar o cuidado de Deus mesmo em momentos de crise.
3. Razão e Sensibilidade
Uma das mais conceituadas obras de Jane Austen, Razão e Sensibilidade conta a história das irmãs Elinor e Marianne. Elas são muito diferentes entre si e é muito interessante comparar as perspectivas das irmãs nos quesitos do amor, esperança e nas perspectivas do século 19.
Questionando o papel das mulheres no mundo da época, a abordagem do livro leva à reflexão sobre a sociedade atual. Será que o mundo em que vivemos hoje mudou tanto assim? Ou as mulheres continuam fadadas a um destino que não lhes interessa. Estas eram reflexões relevantes para Jane Austen e permanecem em pauta no século 21.
4. Torto Arado
Ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Romance de 2020, o livro Torto Arado conta a história de duas irmãs provenientes da fazenda fictícia Água Negra, que representa os problemas sociais e econômicos do sertão brasileiro. O escritor Itamar Vieira Junior constroi uma narrativa de violência e trabalho análogo à escravidão.
A obra é polifônica, formada pelos relatos das irmãs Bibiana e Belonísia. Com um plano de fundo da tradição quilombola, o livro compartilha a ancestralidade africana e a ligação das mulheres com a terra para qual imigraram, o sertão brasileiro.
É interessante entender que o termo “torto arado”, além do título do livro, descreve uma ferramenta agrícola obsoleta, já estragada. Assim se sentem as irmãs trabalhadoras, consideradas objetos descartáveis de trabalho escravo.
5. A Cor Púrpura
Ambientado no sul dos Estados Unidos entre as décadas de 1900 e 1940, a obra de Alice Walker foi vencedora do Pulitzer e do American Book Award. Este livro inspirou o filme com o mesmo título, dirigido por Steven Spielberg.
A narrativa é da vida de Celie, uma mulher preta, pobre e semianalfabeta. Questionando a temática do racismo na sociedade estadunidense, o livro descreve condições de violência física e sexual, que deixam marcas profundas por toda a vida da protagonista.
A obra inspira os leitores que entendem a importância de lutar contra a exploração das mulheres dos diferentes espaços sociais. Além disso, amplia a visão de quem busca compreender as relações sociais causadas pela escravidão nas Américas.
6. De Eva a Ester
O que as mulheres da Bíblia diriam se pudessem contar suas próprias histórias? É a partir desta perspectiva que a autora Débora Otoni junta suas amigas para escrever relatos das vidas das mulheres do Antigo Testamento da Bíblia. Elas recriam cenários, costumes e tradições.
Através de um olhar feminino, as autoras tratam do cotidiano das personagens bíblicas, além dos grandes eventos da história. Tradicionalmente, conhecemos a perspectiva dos homens a respeito dos grandes acontecimentos do passado. Por isso, é inspirador compreender o papel das mulheres no mundo bíblico.
Depois destas sugestões, tenho certeza de que sua prioridade será liberar a agenda para explorar cada uma destas obras instigantes. Aproveite e compartilhe essas dicas com uma amiga que vai gostar de conhecer esses livros também!