Acontece no UNASP

UNASP promove segunda edição da Semana de Enfermagem

A semana promoveu integração entre teoria e prática, destacando a importância histórica e social da profissão.

Texto: Ana Júlia Alem

O UNASP campus Hortolândia promoveu a II Semana de Enfermagem entre os dias 28 e 30 de abril. O evento reuniu alunos de todos os semestres em programações especiais com palestras, oficinas com profissionais renomados e a tradicional Cerimônia do Jaleco. Além de conteúdos voltados à área da saúde, os alunos também participaram de momentos de reflexão conduzidos pelo pastor Patrick Ferreira e apresentações musicais dos grupos Entre Elas e Síncopa.

Enfermagem no Século XXI

No primeiro dia do evento, os estudantes acompanharam a palestra da professora doutora Gina Abdala, com o tema “Enfermagem no Século XXI: desafios e perspectivas”. Enfermeira formada pela Faculdade Adventista de Enfermagem, Gina atuou por dez anos na área antes de ingressar na carreira acadêmica, lecionando no Ensino Básico e Superior. Mesmo após a aposentadoria, continua ativa como docente nos programas de Mestrado em Promoção da Saúde e Teologia, compartilhando sua experiência e visão sobre os rumos da profissão.

Durante sua fala, a professora doutora Gina Abdala buscou inspirar os estudantes ao destacar a beleza da profissão, contextualizando os desafios atuais da enfermagem e apontando tendências e oportunidades emergentes. Ao abordar a importância histórica e contemporânea da área, ressaltou que “a enfermagem é a espinha dorsal do sistema de saúde”. 

Gina também apresentou dados que reforçam a relevância da profissão: embora existam milhões de enfermeiros no mundo, ainda há um déficit global de 1,6 milhão de profissionais. No Brasil, são 782.970 enfermeiros atuantes. A palestrante ainda destacou que, diante das mudanças demográficas e das novas demandas da sociedade, o foco da enfermagem deve estar cada vez mais voltado à promoção da saúde, prevenção de doenças e manejo de condições crônicas.

Noite de oficinas

Na última terça-feira (29), segundo dia da Semana de Enfermagem, a programação foi marcada por uma série de oficinas que proporcionaram aprendizados práticos e reflexões aos estudantes. Os temas abordaram desde a trajetória histórica da profissão, até técnicas de atendimento em situações críticas. A saúde mental também teve espaço na discussão, com a oficina “Corpo que sente, corpo que adoece: desafios da saúde mental para a Enfermagem”, apresentada pela professora mestra Raissa Lorena Diniz.

A oficina “Linha do tempo: de onde viemos e para onde vamos”, por exemplo, foi conduzida pela enfermeira e doutora em Ciências da Saúde Estefanie de Oliveira, docente na área de Enfermagem. Com o objetivo de resgatar os marcos históricos da profissão e refletir sobre os desafios atuais e futuros da prática, a atividade convidou os estudantes a entenderem a história da enfermagem como profissão regulamentada e essencial para o cuidado em saúde.

Segundo a palestrante, ensinar Enfermagem exige compreender os princípios que moldam a identidade da profissão, ao mesmo tempo em que se observa as novas demandas da sociedade. “Esse resgate permite que os futuros profissionais se vejam como parte de uma história marcada por lutas, conquistas e dedicação”, descreve. A oficina também provocou reflexões sobre o papel social, científico e político da enfermagem, incentivando os alunos a reconhecerem o propósito da profissão e seu próprio compromisso com a formação acadêmica.

Com ampla experiência na área, o enfermeiro Renato Lopes Machado conduziu a oficina “SAMU: urgência e emergência”. Graduado em Enfermagem pela PUC Campinas e com mais de 25 anos de atuação na área da saúde — sendo 17 deles como enfermeiro e especialista em urgência e emergência —, Renato é atualmente diretor da atenção hospitalar e coordenador regional do SAMU nas regiões de Hortolândia e Sumaré. Na oficina, ele apresentou aos estudantes formas de reconhecer situações críticas como engasgos e paradas cardiorrespiratórias, aplicando protocolos internacionais para uma atuação rápida, segura e eficaz.

Segundo o palestrante, a temática de urgência e emergência é essencial para os profissionais da área e para toda a sociedade. “Todos estamos sujeitos a nos deparar com situações emergenciais. Saber reconhecer a gravidade, acionar o serviço de emergência e atuar até a chegada do SAMU pode salvar vidas”, destaca. Para ele, oficinas como essa qualificam a formação acadêmica ao permitir que os estudantes coloquem em prática o conhecimento técnico de forma mais realista.

Durante as oficinas da Semana de Enfermagem, a combinação entre teoria e prática proporcionou momentos marcantes para os estudantes do curso. Ana Beatriz Teixeira, aluna do primeiro semestre, relatou que participou de diversas atividades e saiu de cada uma delas com novas ideias e ainda mais encantada pela profissão. Segundo ela, foi uma semana de aprendizado, prática e reflexões que reforçaram sua escolha pela enfermagem: “Foi uma experiência incrível. Que venham mais momentos assim”, complementa.

Cerimônia do Jaleco

A Semana de Enfermagem encerrou suas atividades com a tradicional Cerimônia do Jaleco, realizada no dia 30 de abril, no Auditório Arlete Afonso. O evento reuniu os estudantes do primeiro e terceiro semestre do curso, marcando simbolicamente o início do compromisso com a ética, o cuidado e a responsabilidade que a profissão exige. Em um clima de emoção e significado, os alunos vestiram oficialmente o jaleco branco, símbolo da dedicação à Enfermagem, diante de colegas, professores e familiares.

A cerimônia do Jaleco é um momento importante, pois simboliza a entrada oficial do estudante na profissão de enfermagem. Segundo a coordenadora do curso, Maria do Carmo, ela representa o compromisso com os valores éticos, o cuidado humanizado e a responsabilidade que a carreira exige. Essa cerimônia marca o começo de “uma trajetória dedicada ao bem-estar e à recuperação dos pacientes, fortalecendo o sentimento de pertencimento à comunidade de profissionais de saúde”.

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